Paulo Ribeiro, diretor geral: plano de comprar fábricas brasileiras para depender menos das importações| Foto: Ivonaldo Alexandre/ Gazeta do Povo

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20 pessoas foram contratadas em 2013 pelo grupo, com vistas ao crescimento deste e do próximo ano. "Como preciso de seis a oito meses para treinar um funcionário e adaptá-lo à cultura da empresa, preciso planejar para contratar antes", diz Paulo Ribeiro, diretor geral.

R$ 85 milhões foi o faturamento líquido da Foxlux em 2012. A previsão do grupo para este ano é de R$ 110 milhões, que, se alcançado, representará um crescimento anual de quase 30%.

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A Foxlux, de Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba, acaba de incorporar a palavra "grupo" ao nome. Com a chegada da marca UD Mais, voltada para a linha de utilidades domésticas, Paulo Ribeiro, diretor geral do grupo, espera um faturamento líquido de mais de R$ 100 milhões neste ano. Desde 1997 a importadora de materiais elétricos vem crescendo, segundo Ribeiro, "devagar e sempre".

A empresa abriu as portas em Curitiba, em 1997. A oportunidade para abri-la, porém, deu as caras a Ribeiro alguns anos antes. Ele trabalhava em uma empresa familiar quando foi a uma feira de negócios na China, em uma época que o dragão asiático ainda não era a segunda economia e fazer negociações naquele lado do planeta não era como hoje.

Lá, Ribeiro conheceu produtos de qualidade vendidos a um preço mais baixo que no Brasil, que aos poucos abria as portas ao mercado externo. "O mercado brasileiro era muito carente, dominado por grandes multinacionais. Como não havia muitas opções, o consumidor ficava refém de poucos produtos, que tinham alto preço, devido à pouca concorrência", explica.

O empresário decidiu, então, abrir uma importadora de lâmpadas. "Minha ideia era que, se eu chegasse com um produto com qualidade e preço mais baixo, o consumidor iria comprar. Tentamos nos diferenciar pelo serviço agregado ao que vendíamos, como atendimento de pós-venda e garantia aos produtos", pontua.

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Nos anos seguintes à abertura da empresa, porém, o Brasil viveu momentos de instabilidade econômica e a oscilação do dólar trouxe impactos imediatos à companhia. "Começamos pelas lâmpadas, porque o mercado era mais concentrado e havia menos concorrentes. Mas, com a alta da moeda americana, ampliamos a linha para materiais elétricos, para não ficarmos tão dependentes de apenas um produto", conta.

Conhecendo os riscos que afetam diretamente a empresa, como a dependência de alguns produtos e a oscilação do dólar, o grupo lançou no mês passado o novo braço da organização: a UD Mais, que vai oferecer utilidades domésticas.

Hoje, o Grupo Foxlux tem 90% dos produtos importados, da China, Índia, Coreia do Sul e Vietnã: são 64 linhas de produtos, com mais de 700 itens. "Atendemos o Brasil inteiro, com produtos que já saem do país de origem com a embalagem própria, certificada pelas leis brasileiras", garante Ribeiro.

Empresa quer depender menos do que vem de fora

O Grupo Foxlux vai às compras neste ano, para garantir o crescimento sustentável dos resultados. Para diminuir a dependência dos produtos importados e ficar menos vulnerável às medidas do governo quanto à taxação do que vem de fora, Paulo Ribeiro e os sócios, Paulo Bellini e Maura Senes, planejam comprar fábricas e ampliar a fatia de itens brasileiros, hoje de cerca de 10% das vendas.

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Essas aquisições devem sustentar o faturamento líquido do grupo, que fechou 2012 em R$ 85 milhões. O planejado para 2013 era um faturamento líquido de R$ 95 milhões, mas uma ação mais agressiva em mercados menos atendidos, como as regiões Norte e Centro-Oeste, aumentou a expectativa para R$ 110 milhões.

Neste ano, o grupo contratou 20 pessoas para dar conta do crescimento – no total, a empresa emprega 86 funcionários. "Como preciso de seis a oito meses para treinar um funcionário e adaptá-lo à cultura da empresa, preciso planejar para contratar antes", conta Ribeiro.

A meta do grupo, com a nova linha de produtos, é ampliar o faturamento em 60% nos próximos três anos. "Crescimento baseado na segurança, para não dar passos maiores que as pernas. Como sempre foi, queremos continuar crescendo devagar e sempre", diz Ribeiro.