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Hugo Fabiano Cordeiro, diretor da HFPX Participações, gerencia um fundo de R$ 20 milhões para investir em startups da Região Sul | Divulgação
Hugo Fabiano Cordeiro, diretor da HFPX Participações, gerencia um fundo de R$ 20 milhões para investir em startups da Região Sul| Foto: Divulgação

Uma ideia "meia-boca" nas mãos da pessoa certa vale mais que um projeto ótimo tocado por uma pessoa pouco comprometida. Essa é a opinião de Hugo Fabiano Cordeiro, diretor da HFPX Participações, fundo de investimentos com sede em Curitiba e Joinville (SC) que busca empresas inovadoras do Sul do país. Cordeiro salienta que a aplicação de recursos e expertise é feito para o empreendedor, não necessariamente na startup – é o empresário quem vai fazer o negócio dar certo ou não.

A HFPX é um fundo de investimentos de R$ 20 milhões, que está em busca de novas startups. Ao todo, aplica em sete empresas, sendo três de Curitiba: o Foome, de Delivery; o MeCasar, para organizar casamentos; e o Giver, que faz cartões-presentes. Até o fim do primeiro semestre, o fundo deve estar investindo em dez startups.

Hugo Fabiano Cordeiro explicou como é a relação entre investidor e empreendedor e falou sobre as mudanças entre o cenário atual e o da época em que abriu a sua primeira startup.

Como surgiu a HFPX?Eu fundei uma startup em 1998 de software para varejo, que trazia diferenciais estratégicos ao mercado. Com o tempo, a empresa cresceu muito e se tornou a terceira maior do país no setor. Em 2012 a empresa foi vendida para um fundo americano e parte da venda foi destinada para o fundo de investimento HFPX.Como é a participação do fundo nas startups?A intenção é ajudar as startups em fase inicial, não só com dinheiro, mas com experiência em gestão e networking. Às vezes o empreendedor tem uma ideia muito interessante, mas falta a ele vivencia de mercado para colocá-la em prática. A HFPX administra as finanças das startups, para que tenhamos um padrão de administração entre elas e porque, como investidor, é preciso saber como vai a área contábil das empresas, para minimizar os riscos. Para o empreendedor, fica a parte de vender o produto ou serviço. Nos tornamos sócios das empresas, com percentual mínimo nas ações de 30%, mas dependendo do quanto a nossa equipe tem que fazer, pode chegar, por exemplo, a 55%.

O cenário econômico mudou muito de 1998 para cá. Como você avalia o panorama atual no país e especialmente na região Sul, onde a empresa mais atua?Naquela época não se usava o termo startup, por exemplo. Hoje, com a aproximação do Brasil com o resto do mundo, principalmente com os Estados Unidos, está havendo uma mudança de cultura. O Sul, em geral, sempre teve uma cultura forte de empreendedorismo, vide as grandes empresas que começaram familiares na região e hoje têm importância global. Os jovens da região tem o empreendedorismo no sangue, mas o Brasil ainda tem um caminho longo a percorrer, tendo em vista que as startups do país ainda são economicamente irrelevantes. Por outro lado, isso significa que há muitas oportunidades para os empreendedores e também para os investidores.

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