Como transitar do setor do varejo para o ramo da tecnologia e crescer 16% ao ano? Com investimento maciço em pesquisa e desenvolvimento (P&D), a Sofhar (lê-se "sôf-rar") migrou de uma loja especializada em telecomunicações para uma empresa global que desenvolve soluções de Tecnologia da Informação e da Comunicação (TIC).
A Sofhar foi fundada em Curitiba em 1986, focada na venda de produtos ligados ao serviço de telecomunicações.
Flávio Miashiro, hoje diretor financeiro da empresa, percebeu que a mobilidade seria uma tendência e viu ali uma oportunidade. A decisão foi tomada e, aos poucos, a Sofhar completou o processo de transição.
"Durou cerca de dez anos essa etapa. O foco em tecnologia foi correndo em paralelo com o processo de varejo. Mantivemos lojas até 2006, enquanto íamos migrando e preparando a empresa para o segmento de TIC. Não é só colocar uma placa na frente da empresa, dizendo que mudou o foco, é preciso uma estruturação", conta Wilmar Prochmann, diretor-presidente da empresa.
Com unidades em Curitiba e São Paulo, a Sofhar já atendeu mais de cinco mil empresas em sua história, e mantém cerca de 300 clientes ativos. Para se tornar uma empresa global, entretanto, precisou mais que apenas migrar para um segmento demandado em todo o canto do planeta. Sem citar valores, Prochmann explica que a empresa investe entre 3% a 4% do faturamento em pesquisa e desenvolvimento.
E é com a parceria da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR) que a Sofhar desenvolve novos produtos. Desde 2010 a empresa e a universidade somam esforços em P&D. "A empresa é antenada no mercado, e para se tornar competitiva globalmente investe em pesquisa e desenvolvimento. Isso tem um custo elevado e para suprir nossa demanda firmamos um convênio com a PUCPR. Hoje trabalhamos de forma conjunta", explica.
Ainda em 2013 a Sofhar deve lançar um produto voltado à gestão sustentável do negócio, fruto da parceria com a universidade. "Temos a clara visão de que a inovação vem com o apoio da academia. O acordo prevê uma alocação de profissionais. Eles desenvolvem soluções e nós avaliamos se há potencial mercadológico. Há uma relação muito forte entre academia e mercado", diz.