O emprego na indústria recuou 0,4% em novembro frente a outubro, informou nesta sexta-feira (22) o IBGE. A pesquisa que mede o tamanho da força de trabalho assalariada no setor industrial completou, em novembro passado, o décimo primeiro mês consecutivo de queda, na comparação mensal.
A redução de novembro, porém, foi menos intensa que a registrada um mês antes, de 0,7%.
Na comparação anual -entre novembro e igual período do ano anterior-, o indicador repetiu resultado ruim de outubro: a força de trabalho teve seu tamanho reduzido em 7,2%.
Com o resultado, o emprego na indústria completou período de 50 meses (cerca de quatro anos) seguidos de quedas consecutivas na comparação anual.
A redução da força de trabalho acompanha a queda nos investimentos do setor, reflexo de menor confiança dos empresários na economia, o aumento de custos no último ano, sobretudo na tarifa de energia, que encarece a produção das fábricas, e o nível alto da taxa de juros.
Em outubro, a força de trabalho na indústria já havia tido queda igual, de 7,2%, a maior da série histórica iniciada em 2000 para esse tipo de comparação.
No intervalo de um ano, o contingente de trabalhadores caiu em 17 dos 18 segmentos pesquisados pelo IBGE. As principais pressões negativas vieram de meios de transporte (-14,1%), máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (-15,8%) e máquinas e equipamentos (-10,0%). O único resultado positivo foi verificado no segmento de refino de petróleo e produção de álcool (0,7%).
A indústria acumulou queda de 6% de janeiro a novembro. Nos 12 meses encerrados em novembro, a queda foi de 5,9%.
Os dados fazem parte da Pimes (Pesquisa Industrial Mensal de Empregos e Salários), que deixará de ser publicada em fevereiro ou março deste ano. A próxima divulgação será referente a dezembro, com fechamento de 2015. O IBGE passará a usar somente a Pnad Contínua, a mais recente e abrangente pesquisa de emprego do instituto.
A folha de pagamento real do setor industrial recuou 2,2% em novembro ante outubro. Em novembro contra igual período do ano anterior, a queda foi de 10,6%. No acumulado do ano, o recuo foi de 7,5%. Já nos 12 meses encerrados em novembro, a queda ficou em 7,1%.
Os resultados da pesquisa mostraram também que houve queda no número de horas pagas ao trabalhador. Na comparação mensal -novembro ante outubro-, houve queda de 0,2%. Foi a nona taxa negativa consecutiva do indicador.
Novembro ante novembro de 2014 apurou retração de 7,7%, a trigésima taxa negativa, verificada nos 18 ramos do setor pesquisados pelo instituto.
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