O emprego industrial no Brasil caiu 0,5% em maio na comparação com abril, na oitava queda consecutiva em relação ao mês imediatamente anterior apurada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Na comparação com maio do ano passado, houve recuo de 6,0% no emprego, a sexta redução consecutiva nessa base de comparação e a maior queda apurada pelo instituto desde o início da série da pesquisa, em 2001. Em 2009, o emprego na indústria acumula queda de 4,7% e, em 12 meses, recuo de 1,1%.
Já o valor da folha de pagamento real dos trabalhadores da indústria aumentou 1,9% em maio na comparação com abril, revertendo dois meses de queda em relação ao mês anterior. Os técnicos do IBGE observaram, no documento de divulgação da pesquisa, que o aumento na folha em maio foi "influenciado pela indústria extrativa, por conta do pagamento de participações nos lucros".
Na comparação com maio do ano passado, a folha de pagamento na indústria apresentou queda de 0,6%. No acumulado do ano, houve recuo de 0,8%. A folha ainda mantém o resultado positivo, de 3 0%, nos 12 meses encerrados em maio, ainda que a taxa apurada no mês tenha sido a menor desde abril de 2007.
No caso do número de horas pagas aos trabalhadores da indústria, o IBGE registrou uma queda de 1,1% em maio, em relação a abril. Essa foi a oitava taxa negativa consecutiva ante o mês anterior. Nas comparações com iguais períodos do ano anterior, os resultados continuaram negativos: -6,7% na comparação com maio de 2008 e -5,6% no acumulado de janeiro a maio. Também houve queda, de 1,5%, no acumulado dos 12 meses encerrados em maio.