A rentabilidade das empresas brasileiras atingiu 10,3% em 2010, o melhor resultado desde 2007, quando o índice foi de 9,7%. O dado faz parte de pesquisa divulgada hoje pela Serasa Experian. A evolução do faturamento geral das empresas também foi recorde no ano passado, com 11,3% de crescimento, superando o ano de 2007, quando houve alta de 8,4%.
Na avaliação da Serasa Experian, o bom desempenho das empresas é explicado pela "excelente dinâmica da economia brasileira" em 2010. Segundo a entidade, as empresas foram beneficiadas pelo cenário favorável de emprego e renda da população, além da expansão do crédito, que proporcionaram a elevação do consumo interno.
O levantamento verificou o desempenho de 1.155 empresas dos três setores da economia (indústria, comércio e serviços) de portes grande, médio e pequeno, tanto de capital aberto como de capital fechado. As informações da pesquisa se baseiam nos primeiros balanços encerrados em 31 de dezembro de 2010, registrados na base de dados da Serasa Experian entre janeiro e março de 2011.Setores
A maior margem de lucros em 2010 foi verificada no setor de serviços (14,1%), seguido por indústria (12,7%) e comércio (4 3%). A pesquisa afirma que, além das boas condições econômicas do País, o desempenho do setor de serviços foi impulsionado pela apreciação do real frente ao dólar. Essa valorização causou um efeito positivo no custo financeiro das empresas com dívidas em moeda estrangeira.
Já no quesito faturamento, a melhor marca foi obtida pela indústria (16,8%), seguida por comércio (9%) e serviços (5,2%). A Serasa Experian afirma que a atividade da indústria foi impulsionada em 2010 pelo aumento da renda real, do emprego e do crédito, além das isenções tributárias pontuais para a produção de veículos leves, bens de capital (máquinas e equipamentos), material de construção, móveis e eletrodomésticos da linha branca.
A pesquisa também mostra que, com uma forte geração de lucro para a indústria no Brasil em 2010, foi possível o setor ampliar os investimentos em ativos, que passaram a representar 10,4% do faturamento. Os investimentos, segundo a pesquisa, são direcionados para elevar a capacidade instalada, além da modernização do parque fabril e aquisições de empresas.
No setor do comércio, a Serasa Experian avalia que, além do mercado interno aquecido, o segmento se beneficiou pela expansão do crédito concedido aos clientes, que apresentou crescimento de 63,7% no período de 2007 a 2010. A pesquisa também aponta um aumento dos estoques do comércio superior aos créditos obtidos e concedidos. Para a entidade, isso indica que as importações - estimuladas pela valorização do real - foram utilizadas por algumas empresas como estratégia para conter os custos com mercadorias e melhorar a margem líquida, que passou de 2,5% em 2009 para 4,3% em 2010.
Boicote do agro ameaça abastecimento do Carrefour; bares e restaurantes aderem ao protesto
Cidade dos ricos visitada por Elon Musk no Brasil aposta em locações residenciais
Doações dos EUA para o Fundo Amazônia frustram expectativas e afetam política ambiental de Lula
Painéis solares no telhado: distribuidoras recusam conexão de 25% dos novos sistemas
Reforma tributária promete simplificar impostos, mas Congresso tem nós a desatar
Índia cresce mais que a China: será a nova locomotiva do mundo?
Lula quer resgatar velha Petrobras para tocar projetos de interesse do governo
O que esperar do futuro da Petrobras nas mãos da nova presidente; ouça o podcast
Deixe sua opinião