A Recco Praia, confecção de Maringá, vê pouco espaço para aumentar as vendas no Natal deste ano. As encomendas chegam em ritmo menor que em 2004. "Estamos correndo atrás de novos clientes para colocar as peças no varejo", conta o gerente comercial Hiran Pérsio da Silva. A Recco manteve a mesma capacidade de produção do ano passado – 110 mil peças por mês – e está montando o estoque para o verão.

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A estratégia de "cutucar" os varejistas para acelerar o fechamento das vendas de fim de ano também foi adotada pela Frimesa, cooperativa que tem presença no mercado de cortes de suínos. Normalmente, o preço da carne no mercado interno começa a subir no segundo semestre pois o produto é consumido nas festas de dezembro. Mas neste ano a valorização está menor do que em 2004. "Os preços caíram muito no segundo trimestre e esperamos uma recuperação com os pedidos de Natal", diz o gerente comercial Mauro Strey Kramer.

Com a indefinição do varejo, o setor de carnes pode ver a rentabilidade cair no último trimestre. O volume de abate não é alterado com facilidade e, além disso, o consumo de fim de ano serve para absorver cortes que não podem ser embarcados para a Rússia em novembro e dezembro. "Com o inverno, muitos navios deixam de fazer a rota para lá porque o mar fica congelado", explica Kramer. Além de produtos para supermercados, a Frimesa oferecerá cestas com carnes e derivados de leite para clientes corporativos. (GO)

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A carne suína, ao contrário do ano passado, neste ano os preços estão em queda e a indústria espera recuperação só para o Natal.