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4 fatos que apontam o declínio dos combustíveis fósseis no mundo

Apesar dos investimentos em renováveis já previstos até 2040, mais US$ 5,3 trilhões nas emissões zero carbono seriam  necessários para evitar um aumento superior a 2ºC na temperatura da Terra. | Creative Commons
Apesar dos investimentos em renováveis já previstos até 2040, mais US$ 5,3 trilhões nas emissões zero carbono seriam necessários para evitar um aumento superior a 2ºC na temperatura da Terra. (Foto: Creative Commons)

A forma como o mundo produz energia começou a mudar e, em 20 anos, as fontes renováveis devem ultrapassar o carvão e o gás natural. Essa é a previsão do estudo Energy Outlook 2016, da Bloomberg New Energy Finance (BNEF).

Segundo a análise, até 2040, US$ 7,8 trilhões serão investidos globalmente em fontes eólica, solar e de biomassa. O aporte é quase três vezes superior ao investimento previsto para o setor fóssil, de US$ 2,1 trilhões. Veja as previsões:

1.Investimentos pesados em renováveis

Dos US$ 7,8 trilhões estimados para o mercado renovável nos próximos 24 anos, o setor eólico deve atrair US$ 3,1 trilhões; o solar US$ 3,4 trilhões; e o hídrico, em torno de US$ 911 bilhões. Além disso, a Bloomberg reduziu as previsões de longo prazo para os preços de carvão e gás. A entidade estima uma redução de, respectivamente, 33% e 30% nos valores das commodities, motivada pelo excesso de oferta projetado para essas fontes fósseis.

Apesar da queda, investimentos em geração energética a carvão e gás devem continuar sendo feitos, principalmente em economias emergentes. Estima-se que, nos próximos anos, US$ 1,2 trilhão sejam investidos na queima de carvão e US$ 892 bilhões em novas usinas a gás.

2.Solar e eólica vão ficar mais baratas

Por serem consideradas tecnologias, e não combustíveis, a perspectiva é a de que as soluções eólicas e solares fiquem mais baratas e eficientes a cada ano. Segundo a análise, cada vez que a capacidade fotovoltaica instalada duplicar no mundo, os preços têm condições de cair em torno de 26%. No caso do setor eólico, na mesma comparação, a estimativa fica na ordem de 19%.

Os custos nivelados – que consideram o preço total de uma unidade geradora e a energia que ela é capaz de fornecer – sugerem, ainda, que, em menos de 25 anos, as duas tecnologias sejam as mais baratas para produção energética em quase todo o mundo.

3.Venda de carros elétricos vai crescer

Em 25 anos, os carros elétricos devem representar 35% das vendas de veículos novos leves em todo o globo. A porção equivale a 41 milhões de unidades – um volume 90 vezes superior ao total de 2015. Isso vai impactar – e muito – a demanda por eletricidade. Outro estudo da Bloomberg New Energy Finance (BNEF) sugere que os veículos elétricos e híbridos devem se tornar mais baratos que os tradicionais modelos a gasolina ou diesel já nos próximos seis anos, devido, sobretudo, a queda do preço das baterias, que correspondem a cerca de um terço do custo dos veículos com plugues.

4.Países impulsionam renováveis

No ano passado, a China, maior poluidora do mundo, tornou-se o maior investidor em tecnologias limpas do mundo. A alteração drástica promete reduzir em 21% a geração energética a carvão local em relação ao volume previsto pela pesquisa da BNEF do ano passado. Além disso, até 2040, fontes eólica, solar, hídrica e de biomassa devem produzir 70% da energia da Europa. Em 2015, o índice de 32% foi registrado.

Nos Estados Unidos, a marca de 14%, calculada no ano passado, promete subir para 44%, enquanto a geração de energia por meio de gás deve cair de 33% para 31%.

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