O setor elétrico foi o “calcanhar de Aquiles” do governo Dilma Rousseff. Boa parte dos problemas que levaram o setor a uma crise bilionária teve origem na Medida Provisória 579, de 2012. Para promover uma redução média de 20% na tarifa de energia dos consumidores, o governo antecipou a renovação das concessões das empresas, bagunçando o setor e trazendo ônus para consumidores e insegurança para companhias e investidores.
LEIA MAIS sobre Energia e Sustentabilidade
A Eletrobras e Companhia Elétrica de Minas Gerais (Cemig) foram as empresas de capital aberto do setor elétrico que mais perderam valor de mercado durante o governo Dilma, segundo um levantamento feito pela Gazeta do Povo com base em dados da consultoria Economatica.
Entre 2011, início do mandato da presidente, até maio deste ano, a Eletrobras, empresa de capital aberto controlada pelo governo brasileiro, perdeu R$ 16,3 bilhões em valor de mercado. Usada para promover a redução artificial nas tarifas de energia e envolvida em escândalos de corrupção da Operação Lava Jato, a empresa acumula mais de R$ 30 bilhões em prejuízos de 2012 para cá.
Com cerca de 12 milhões de consumidores distribuídos em 805 municípios de Minas Gerais, a Cemig desvalorizou R$ 11 bilhões desde 2011. O valor de mercado da companhia mineira caiu de R$ 20,9 bilhões para R$ 9,8 bilhões em seis anos.
1 - ELETROBRAS
Valor de mercado em 2011: R$ 26,5 bilhões
Valor de mercado em 2016: R$ 10,1 bilhões
Desvalorização: R$ 16,32 bilhões
2- Cemig (MG)
Valor de mercado em 2011: R$ 20,9 bilhões
Valor de mercado em 2016: R$ 9,8 bilhões
Desvalorização: R$ 11,09 bilhões
3-CPFL Energia (SP)
Valor de mercado em 2011: R$ 25 bilhões
Valor de mercado em 2016: R$ 19,1 bilhões
Desvalorização: R$ 5,91 bilhões
4- Cesp (SP)
Valor de mercado em 2011: R$ 10,2 bilhões
Valor de mercado em 2016: R$ 4,7 bilhões
Desvalorização: R$ 5,44 bilhões
5-Coelba (BA)
Valor de mercado em 2011: R$ 8,9 bilhões
Valor de mercado em 2016: R$ 4,7 bilhões
Desvalorização: R$ 4,26 bilhões
6- Eletropaulo (SP)
Valor de mercado em 2011: R$ 6,6 bilhões
Valor de mercado em 2016: R$ 2,3 bilhões
Desvalorização: R$ 4,21 bilhões
7-Eneva (RS, RN, CE, MA)
Valor de mercado em 2011: R$ 6,35 bilhões
Valor de mercado em 2016: R$ 2,26 bilhões
Desvalorização: R$ 4,09 bilhões
8-Light S/A (RJ)
Valor de mercado em 2011: R$ 5,87 bilhões
Valor de mercado em 2016: R$ 1,81 bilhões
Desvalorização: R$ 4,05 bilhões
9- Copel (PR)
Valor de mercado em 2011: R$ 9,79 bilhões
Valor de mercado em 2016: R$ 6,28 bilhões
Desvalorização: R$ 3,50 bilhões
10 - Elektro (SP e MS)
Valor de mercado em 2011: R$ 4,84 bilhões
Valor de mercado em 2016: R$ 3,04 bilhões
Desvalorização: R$ 1,80 bilhão
Boicote do agro ameaça abastecimento do Carrefour; bares e restaurantes aderem ao protesto
Cidade dos ricos visitada por Elon Musk no Brasil aposta em locações residenciais
Doações dos EUA para o Fundo Amazônia frustram expectativas e afetam política ambiental de Lula
Painéis solares no telhado: distribuidoras recusam conexão de 25% dos novos sistemas