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Brasil integra consórcio internacional para captar e armazenar CO2

Nos EUA, projeto piloto vai funcionar em uma termelétrica de carvão na cidade de  Ilinois. | Divulgação
Nos EUA, projeto piloto vai funcionar em uma termelétrica de carvão na cidade de Ilinois. (Foto: Divulgação)

O Brasil é parceiro de um projeto norte-americano que trabalha no desenvolvimento de um sistema para captura e armazenamento de dióxido de carbono (CO2) – CCS, na sigla em inglês. A tecnologia, idealizada pelo Instituto de Tecnologias Sustentáveis da Universidade de Ilinois, nos Estados Unidos (EUA), pode ser instalada em estruturas de exaustão de indústrias, termelétricas e hidrelétricas, por exemplo, que emitem gases poluentes à atmosfera, entre eles, o CO2. Em índices elevados, o composto químico intensifica os efeitos das mudanças climáticas.

A novidade reúne membranas que, sob a ação de diferentes pressões e solventes, isolam os gases do processo de combustão do CO2. Este, por sua vez, é retido e armazenado em outra estrutura do sistema. “Funciona como um filtro: alguns gases continuam indo para a atmosfera, mas até 90% do mais prejudicial é capturado e armazenado”, explica Guilherme Málaga, engenheiro mecânico no Instituto de Tecnologia Aplicada e Qualificação (ITAQ) e responsável técnico pelo projeto. O instituto representa o Brasil no consórcio. China e Índia também são parceiros do projeto e se comprometeram a intercambiar informações e somar forças para dominar a tecnologia. Outra intenção da proposta é a de que a porção de dióxido de carbono acumulada seja vendida no mercado de etanol, diesel, medicinal, alimentício e de nanotecnologia, para a produção, neste caso, de nanotubos de carbono. Estimativas do CCS sugerem que, com algum ganho de escala, o custo da venda do CO2 possa ser reduzido em até 50%.

A iniciativa é financiada pelo Departamento de Energia dos Estados Unidos (DOE). Pela primeira vez na história, o órgão apoia um projeto que busca a mitigação dos efeitos das mudanças climáticas. A estratégia pretende contribuir com o alcance da meta apoiada por 195 países durante a 21ªConferência do Clima, em Paris, realizada em dezembro do ano passado. Ela estabelece como teto para o aquecimento global o índice de 1,5ºC até 2100 .

Nos EUA, o projeto piloto vai funcionar em uma termelétrica de carvão da cidade de Ilinóis.

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