Sete anos após a estreia das eólicas nos leilões de energia, a fonte alcançou em agosto a marca de 10 GW de capacidade instalada no país e deve terminar o ano com 11 GW, a mesma potência da hidrelétrica de Belo Monte, no Pará.
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A marca importante para o jovem setor eólico brasileiro foi atingida com a entrada em operação do Parque Vila Pará II, do Grupo Voltalia, no município de Serra do Mel (RN), com capacidade de 24 MW. No total, já são 400 parques e mais de 5,2 mil aerogeradores espalhados em 11 estados brasileiros, sobretudo na Região Nordeste, que tem ventos bastante favoráveis à geração eólica.
O SETOR EM NÚMEROS
- 10 GW de potência instalada
- 400 parques e 5.251 aerogeradores
- 41 mil empregos gerados em 2015
- R$ 48 bilhões investidos nos últimos seis anos
- 11 milhões de residências abastecidas em 2015
- 7% de participação eólica na matriz elétrica brasileira
- 8 GW já contratados para serem implantados até 2020
“A marca de 10 GW é certamente emblemática e vamos comemorar. O que nos motiva agora é trabalhar pelos próximos 10 GW. Considerando o que já temos de contratos assinados, vamos chegar a 2020 com mais de 18 GW e temos potencial para crescer ainda muito mais”, afirma Elbia Gannoum, presidente executiva da ABEEólica.
Com esse avanço, a fonte eólica chegou a 7% de participação na matriz energética brasileira e se consolidou como a fonte que mais cresce no país. Em 2015, respondeu por 39,3% da expansão da matriz, seguida pela energia hidrelétrica (35,1%) e energia termelétrica (25,6%).
Além da expansão da capacidade disponível, o parque eólico nacional também vem batendo recordes de geração. No primeiro semestre deste ano, o montante de energia entregue pelas usinas eólicas passou de 1.842 MW médios para 2.860 MW médios, um crescimento de 55% na comparação com o mesmo período do ano passado, segundo dados da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE).
Além de ser o estado com a maior capacidade eólica instalada – um total de 2.773 MW, 32% acima do desempenho do mesmo período do ano passado – o Rio Grande do Norte também se manteve na liderança como o principal produtor de energia eólica no Brasil no primeiro semestre deste ano.
As usinas potiguares produziram 911 MW médios no período, aumento de 40% em relação aos seis primeiros meses de 2015. A Bahia aparece na segunda colocação com 599 MW médios ( alta de 47,5% sobre o 1º semestre de 2015), seguido pelo Rio Grande do Sul, que alcançou 479 MW médios (aumento de 66,6%), e o Ceará com 456 MW médios (alta de 25,7%) produzidos no primeiro semestre.
Desempenho
No ano passado, a energia eólica abasteceu mensalmente 11 milhões de residências no país – ou 33 milhões de pessoas – o equivalente a Região Sul do país. O investimento feito pelas empresas da cadeia produtiva de energia eólica soma R$ 48 bilhões nos últimos seis anos, período em que a participação das eólicas nos leilões de energia começou a se intensificar no país.
Em dezembro, as eólicas estarão presentes no Leilão de Energia de Reserva. Segundo Élbia, da Abeeólica, a contratação de energia eólica neste leilão será vital para dar um sinal de investimento para toda a cadeia de energia eólica. “Os contratos que temos assinados sustentam a cadeia até 2020, mas é necessário fazer novas contratações para manter a cadeia ativa e o setor crescendo de forma sustentável”, explica
Os 10 maiores estados em capacidade eólica instalada:
Rio Grande do Norte - 2.773 MW
Bahia - 1.750 MW
Ceará - 1.732 MW
Rio Grande do Sul - 1.515 MW
Piauí - 794 MW
Pernambuco - 408 MW
Santa Catarina - 224 MW
Paraíba - 59,5 MW
Sergipe - 34,5 MW
Rio de Janeiro - 28 MW
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