A gigante da tecnologia Google anunciou nesta terça-feira (6) que espera adquirir energia renovável o suficiente para cobrir toda a sua operação em 2017, tendência que deve ser repetida nos próximos anos.
Segundo informações da revista Time, a companhia vai comprar cerca de 2,6 gigawatts de energia eólica e solar, oriundos de 20 usinas, anualmente – o suficiente para cobrir mais de 1 milhão de casas – para abastecer seu escritório, localizado em Mountain View, na Califórnia, e centros de processamento de dados espalhados pelo globo. Atualmente, a empresa é a maior compradora corporativa do mundo de energia limpa.
A decisão do Google mostra o quanto as fontes renováveis de energia se tornaram uma alternativa competitiva e acessível em relação aos combustíveis fósseis. Um relatório divulgado pela agência de notícias Bloomberg, por exemplo, mostra que o preço de um megawatt de energia solar hoje é 150 vezes menor do que era na década de 1970, e que em alguns lugares ele tem o mesmo valor da eletricidade produzida por meio de carvão ou gás natural.
O diretor global de infraestrutura e energia da empresa, Gary Demasi, afirmou que a meta de usar apenas energia limpa partiu dos executivos do Google em 2012, mas que ninguém acreditou que o objetivo seria atingido tão cedo.
“A curva de custo [da energia] começou a cair exponencialmente nos últimos tempos. Mas não sabíamos que seria tão rápido”, disse.
Apesar da escolha do Google pela energia renovável ser para o bem do planeta, ela também foi feita como uma “decisão de negócios”. Os centros de processamento de dados da companhia consomem enormes quantidades de energia por ano, e os contratos de compra de energia renovável ajudariam o Google a evitar os custos altamente variáveis dos combustíveis fósseis, que acabam por afetar as finanças da empresa.
Outras empresas
Outras 80 grandes empresas, como Facebook, Nestlé e Walmart, comprometeram-se a utilizar somente energia renovável nos próximos anos. Além do Google, também se destacam como grandes compradoras de energia limpa a Amazon, com 1,2 gigawatts por ano, e a Microsoft, que tem um contrato de 500 megawatts.
De acordo com dados da Ong The Climate Group, se 100% da energia de todas as grandes companhias fosse renovável, a emissão de dióxido de carbono diminuiria em cerca de 15%, numa escala global, todos os anos.
Colaborou: Mariana Balan.
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