De olho no potencial do Brasil para geração de energias limpas, a companhia italiana de energia renovável Enel Green Power (EGP) deve investir U$S 365 milhões – o equivalente a R$ 1,3 bilhão – em dois empreendimentos que prometem ampliar a oferta de energia renovável em 248 megawatts. Um parque solar, em Bom Jesus da Lapa, no Vale São Francisco, e um eólico, localizado entre os municípios de Brumado, Rio de Contas e Dom Basílio, na Bahia, estão sendo construídos pela subsidiária Enel Green Power Brasil Participações (EGPB) e devem entrar em operação a partir do ano que vem, somando-se a outros empreendimentos da empresa no estado.
O início do funcionamento das estruturas está previsto para o segundo semestre de 2017. Juntas, elas serão capazes de atender a necessidade de consumo energético de 336 mil residências brasileiras, evitando a emissão anual de 316 toneladas de dióxido de carbono (CO2) à atmosfera, detalha a empresa.
O novo parque solar terá capacidade de 158 megawatts de geração energética, sendo capaz de produzir, por ano, em torno de 340 gigawatts. A porção é suficiente para atender a necessidade de consumo energético anual de, pelo menos, 166 mil domicílios brasileiros. Na construção, a Enel deve investir US$ 175 milhões.
O parque eólico, por sua vez, terá 90 megawatts de capacidade instalada e deve gerar 350 gigawatts anuais, abastecendo mais de 170 mil residências, segundo cálculo da empresa. Na usina, serão aportados US$ 190 milhões. Somados, os dois empreendimentos prometem evitar a emissão de 316 toneladas de CO2 à atmosfera.
Em andamento
Os empreendimentos citados acima não são os únicos da Enel na Bahia. A companhia italiana também possui, em fase de construção mais adiantada, outras duas plantas de geração de energia renovável: um parque solar em Ituverava - considerada a maior planta solar da filial brasileira, com capacidade de 254 megawatts - e a usina eólica de Delfina, com 180 megawatts de potência instalada. No total, a subsidiária já possui no país 546 megawatts de capacidade instalada, dos quais 401 MW são provenientes de fontes eólicas, 12 MW de solar e 133 MW de matriz hídrica.
Em leilões públicos de Fontes Alternativas, realizados no Brasil em abril e agosto do ano passado, a Enel conquistou o direito de, por 20 anos, firmar contratos de fornecimento energético com distribuidoras nacionais. Os lucros do negócio são divididos entre as partes estrangeira e nacional e o gerenciamento do processo é feito pela Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE).
Para Thiago Mundim, diretor de projetos da Enel Green Power Brasil, o setor de energias renováveis brasileiro tem características que o tornam bastante atrativo. A abundância de locais com alta incidência de recursos solares, eólicos e hídricos associado à alta intensidade dos fenômenos são os principais. “A demanda crescente por energia também torna cada vez mais necessário o investimento em tecnologias limpas”, conclui.
Bolsonaro e mais 36 indiciados por suposto golpe de Estado: quais são os próximos passos do caso
Bolsonaro e apoiadores reagem a relatório da PF que indiciou 37. Assista ao Entrelinhas
Deputados da base governista pressionam Lira a arquivar anistia após indiciamento de Bolsonaro
Otan diz que uso de míssil experimental russo não vai dissuadir apoio à Ucrânia