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Captar metano de dejetos de suínos, maneira pela qual o Paraná entrou para o mercado de créditos de carbono, é considerado desperdício por profissionais ligados às empresas Itaipu, Eletrobrás, Cemig, Copel e Sanepar, entre outras. Elas se articulam para dar utilidade ao biogás retido nos biodigestores que estão povoando as granjas de suínos do estado.

A idéia é ampliar a capacidade de cogeração, ou gerar energia como subproduto dos digestores. "O gás sobressalente está sendo queimado nas propriedades, o que é um absurdo dado o risco de apagão energético em que vivemos", diz o assessor de projetos especiais de Itaipu, Cícero Bley Jr. Na granja Colombare, em Cascavel, o metano liberado pelo dejeto de cerca de 3 mil porcos "toca" um motor de 50 kW. A granja usa a energia para se abastecer durante 10 horas diárias, mas o gás gerado nas outras 14 horas é queimado. "Para a Copel, seria geração barata", avalia Bley.

Segundo ele, é relativamente simples transportar a energia sobressalente para propriedades próximas, sem grandes investimentos em sistemas de transmissão. "Os agricultores vizinhos economizariam com a conta de luz e poderíamos amenizar a previsão de escassez energética dos próximos anos", afirma o assessor de Itaipu.

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