| Foto: Daniel Castellano/Gazeta do Povo

O Paraná luta pela distribuição igualitária dos royalties entre estados produtores e não produtores?

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Sem dúvida. O pré-sal é uma riqueza nacional, cujos frutos devem ser partilhados de forma equânime entre os estados federados. Não é justo que os recursos sejam concentrados em dois ou três estados. Isso teria graves implicações para o modelo federativo, que já está bastante distorcido, com desequilíbrios que afetam alguns estados, como o Paraná.

Não seria justo os produtores terem algum tipo de compensação?

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É claro que os estados produtores merecem uma indenização pelos impactos ambientais e os investimentos necessários em infraestrutura. Que na verdade, em grande parte, são feitos pelo governo federal, com recursos oriundos de tributos recolhidos por empresas e trabalhadores de todos os estados brasileiros. Não estamos falando de uma distribuição rigorosamente igualitária, mas de uma partilha equilibrada, que contemple todos os estados e municípios brasileiros com investimentos viabilizados pelo pré-sal.

Caso a divisão igualitária passe, o Paraná tem um plano para esses recursos? Uma área específica de aplicação, algo pensando no futuro do estado?

Estamos fazendo os estudos preliminares. Não há como aprofundá-los sem que, antes, o estado tenha uma noção do montante de recursos a que terá direito ao longo dos anos. O que está bem claro, para nós, é que a riqueza do pré-sal, no Paraná, será investida em educação, infraestrutura, ciência e tecnologia. Será uma oportunidade única para aumentar a competitividade da nossa economia, elevar os indicadores de desenvolvimento humano e a qualidade de vida da população, além de acelerar o ciclo de industrialização que teve início neste ano com o programa Paraná Competitivo.

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