O Equador indenizará à Petrobras com US$ 217 milhões pelo fim unilateral de um contrato petroleiro que a empresa brasileira tinha com o Estado equatoriano, anunciou nesta segunda-feira (30) o ministro de Recursos Naturais não Renováveis, Wilson Pástor.

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Desde novembro de 2010, era negociada uma compensação pelos ativos da companhia, que não aceitou as condições exigidas pelo Governo às petrolíferas para seguir operando no país andino. "Chegamos a um acordo que poderá se concretizar nas próximas semanas. Estamos falando de um montante de US$ 217 milhões em duas parcelas", disse Pástor.

Em julho do ano passado, o ministro afirmou que a companhia tinha aproximadamente US$ 160 milhões de investimento não amortizado no Equador e que reivindicava uma rentabilidade. No entanto, havia divergências entre as partes.

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Pástor explicou que com o acordo econômico com a Petrobras, resta verificar se as obrigações tributárias da companhia têm pendências com os cofres públicos. Com isso, o ministro espera que neste mês ou em junho seja alcançado um ajuste final.

O ministro ainda destacou que o valor estabelecido tem pouca possibilidade de variação e explicou que, em troca, a companhia desistirá de qualquer reivindicação em nível internacional pelo fim do contrato.

O presidente do Equador, Rafael Correa, antecipou no último sábado que estava definido o pagamento à Petrobras, mas não informou detalhes da indenização. A estatal brasileira é a companhia que pedia a maior compensação pelo fim de seu contrato, já que seu volume de produção era de 18 mil barris por dia.

Há um ano, Equador entregou US$ 97 milhões à companhia petrolífera americana Nobre Energy, que opera no país andino através da filial EDC Equador, informou a própria companhia. O Estado também negocia a liquidação com a coreana Canadá Grande e a chinesa CNPC, que também não aceitaram as condições exigidas pelo Equador.

Segundo o novo modelo de contrato, o petróleo é propriedade do Estado, que paga às empresas privadas uma tarifa fixa por barril extraído. Dessa forma, qualquer aumento no preço do petróleo resulta em lucro para o Governo.

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A chilena Empresa Nacional do Petróleo (ENAP), a italiana Agip, as chinesas Andes Petroleum e Petroriental, e a espanhola Repsol aceitaram em novembro de 2010 os novos contratos e permaneceram no país.