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Rede também investe em happy hour e pagode

Além do plano de expansão de R$ 15 milhões em casas nos moldes das que existem em Curitiba, Cascavel e Maringá, o grupo Woods planeja atuar em 30 cidades de interior em todo o Brasil com seu modelo de casa de happy hour, batizada de Woods Pub.

O protótipo já existe em Curitiba. "É uma casa menor que as demais, para menos de mil pessoas, com funcionamento logo após o expediente e uma proposta de servir refeições também", explica Charles Bonissoni, diretor de expansão do grupo. A ideia é que o modelo seja implementado em cidades de menor porte, que não têm demanda para grandes públicos.

O grupo também planeja expandir a sua marca de casas noturnas de pagode, a WS Brazil. Os sócios inauguraram um estabelecimento em Curitiba neste ano, e pretendem levar o conceito a mais 13 locais.

"Temos a oportunidade de entrar no mercado do Norte e Nordeste, que tem menor aceitação do sertanejo, mas consome samba e pagode", completa. O plano, no entanto, ainda se encontra em fase inicial e não tem datas nem locais definidos.

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Quem faz

Fundação: 2005

Área de atuação: Entretenimento

Onde está presente: Curitiba, Foz do Iguaçu, Maringá, Cascavel, Porto Alegre, São Paulo, Guarujá, Belo Horizonte e Balneário Camboriú.

Quanto fatura: Mais de R$ 50 milhões

Funcionários: 1,2 mil

Por que é bem feito: Porque profissionalizou a gestão do negócio em todas as fases da cadeia do entretenimento.

526 milhões de visualizações no YouTube tem a versão oficial do clipe "Ai se eu te pego", do cantor Michel Teló, que foi gravado na Woods de Curitiba em 2011. A parceria do grupo com o cantor, que emplacou o hit mundialmente famoso, é de longa data. Em 2005, a casa noturna pagou o primeiro cachê do cantor em carreira solo, cerca de R$ 5 mil. Hoje ele é sócio-proprietário de uma das unidades do grupo.

O sucesso da Woods significa longas filas para os baladeiros. Em alguns dias, o tempo de espera para entrar na casa noturna chega a uma hora
O grupo conta com uma empresa de seleção de artistas. São mais de 4 mil currículos de músicos cadastrados
O faturamento anual do grupo Woods, com mais de dez baladas próprias pelo país, ultrapassa os R$ 50 milhões
Os fundadores da casa atribuem o sucesso da balada à mudança de conceito das festas sertanejas, com bebidas de qualidade e instalações confortáveis

É difícil dizer quem despontou primeiro. A explosão do "sertanejo universitário" – gênero musical de Michel Teló, Gusttavo Lima e Luan Santana – e a ascensão do grupo de casas noturnas Woods se confundem.

SLIDESHOW: Conheça o ambiente da Woods

Ao mesmo tempo em que os artistas foram se consagrando como os mais tocados nas rádios do país, a rede de baladas nascida em Curitiba se consolidou como referência no ramo do entretenimento. Está concluindo um plano de expansão no qual investiu R$ 15 milhões desde 2011, e já fatura mais de R$ 50 milhões ao ano.

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A grande sacada da Woods foi apostar na popularização do gênero musical entre os jovens dos grandes centros urbanos. Até então, o público consumidor de música sertaneja estava mais restrito ao interior.

"A música sertaneja estava associada a estabelecimentos de menor qualidade. Pensamos em oferecer uma estrutura de ambiente, serviço e bebidas de alto nível, como nas festas de música eletrônica", conta Charles Bonissoni, sócio-fundador e diretor de expansão do grupo.

A fórmula, que deu certo em Curitiba, passou a ser testada em outras cidades. A primeira inauguração fora do estado foi em Balneário Camboriú, em 2009, com uma estratégia mais cautelosa. "É um destino frequente de curitibanos e sabíamos que seria um passo de menor risco", diz Bonissoni – cerca de 60% dos turistas que a cidade recebe na alta temporada são da capital paranaense.

A prova cabal de que a nova casa noturna tinha vida própria veio no inverno daquele ano: a balada continuou atraindo o público mesmo na baixa temporada. "Foi naquele momento que vimos que a Woods ia além do público curitibano", explica.

Maior

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Em número de unidades, a rede é a maior do país – por enquanto, são 11 casas em cinco estados. O grupo está prestes a inaugurar bares em Goiânia, Campo Grande e Cuiabá, e negocia espaços em outras duas cidades. "Tivemos um plano de expansão com cidades estratégicas, mas hoje trabalhamos com oportunidades de negócio. Se temos um bom parceiro local que chega até nós com uma proposta atraente, nós negociamos", explica o sócio.

Enquanto as redes internacionais de baladas trabalham com a cessão da marca ou franquias, o modelo da Woods funciona um pouco diferente. Os seis fundadores são sócios de todas as casas que a rede mantém pelo país. "Acredito que somos a maior rede própria do mundo", afirma Bonissoni.

Grupo tem agência de marketing e 4 mil artistas no catálogo

Os sócios da Woods não se acomodaram com o sucesso da rede, e investem em sua profissionalização. Hoje eles têm participação na CWBBrasil, empresa que cuida da seleção de artistas que se apresentam nas casas do grupo pelo país. No catálogo, 70 artistas ativos e mais de 4 mil cadastrados.

A expansão da rede tem o amparo de um departamento de engenharia, que diariamente acompanha o andamento dos trabalhos por meio de câmeras instaladas nos canteiros de obras, que transmitem em tempo real a evolução em uma tela no escritório central do grupo, em Curitiba.

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Para realizar a promoção dos shows que acontecem nas casas, o grupo montou uma agência de marketing com mais de 30 profissionais. "O negócio evoluiu de tal maneira que já pensamos em aceitar clientes externos", conta o diretor nacional de marketing do grupo, Alan Ceppini.

Woods