O ministro das Relações Exteriores do Brasil Celso Amorim disse neste sábado, pouco após deiar o encontro do presidente da Bolívia Evo Morales com o presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, que os dois líderes decidiram "virar a página de mal-entendidos", descreveu o chanceler brasileiro.

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Amorim confirmou que fará uma viagem à Bolívia para tratar das relações entre os países no segmento energético. Durante a reunião, Lula convidou o companheiro boliviano para uma visita ao Brasil, e aceitou o convite de Morales para ir à Bolívia, afirmou Amorim ( clique aqui e confira o resultado do encontro ).

- O presidente da Bolívia me convidou para uma visita a Bolívia e depois queremos que ele vá ao Brasil para tratar de outros projetos de cooperação - afirmou Amorim, que acompanha o presidente Lula na 4ª Cúpula de Chefes de Estado e de Governo da América Latina, Caribe e União Européia.

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Perguntado se os presidentes falaram das acusações de Morales contra a Petrobras - na última semana o presidente boliviano disse em entrevista que a estatal estaria atuando de forma ilegal no país - Amorim se limitou a afirmar que no encontro não se falou em detalhes.

- O importante é manter o diálogo, a negociação e é com este espírito que vamos trabalhar - disse o diplomata brasileiro.

Perguntado se Morales, durante o encontro, desfez as acusações contra a Petrobras, Amorim apontou que o líder boliviano disse a Lula não ter feito declarações ofensivas sobre a empresa brasileira:

- Prefiro ficar com as últimas declarações. Elas foram feitas agora diretamente ao presidente Lula e muito positivamente - considerou Amorim.

Amorim confirmou que há uma comissao de ministros dos dois países negociando para fixar novas regras para o setor de energia da Bolívia depois da nacionalização, e disse que essa "comissão técnica" que cuida da questão dos preços.

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Amorim disse que a reunião de Lula com Morales "recriou um clima de confiana e de diálogo" e afirmou que as futuras negociações com a Bolívia serão feitas sobre "a base de documentos firmados".

Segundo o chanceler, o presidente boliviano visitar o Brasil em breve.