Depois de uma reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o assessor especial da Presidência, Marco Aurélio Garcia, disse na noite desta quinta-feira que o governo boliviano congelou por tempo indeterminado as medidas adotadas nessa semana e que prejudicavam a Petrobras.

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Marco Aurélio afirmou que a garantia foi dada por volta das 18h30 pelo vice-presidente da Bolívia, Álvaro Garcia Linera, depois de conversar por telefone com o presidente da Bolívia, Evo Morales, que viajou para Cuba para participar da Cúpula do G-15.

- Linera nos informou que, tendo consultado o presidente Evo Morales, as medidas adotadas ficavam congeladas por tempo indeterminado e, mais do que isso, elas seriam incluídas nas negociações (entre as empresas e os dois governos). Congelar significa que elas não serão aplicadas. O que foi mais desagradável para o Brasil é que a medida tenha sido tomada na véspera da chegada de uma delegação de alto nível (que iria nesta sexta para a Bolívia) - disse Marco Aurélio, que num segundo momento chegou a falar em "revogação ou congelamento indefinido".

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Marco Aurélio disse que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva ficou a par das negociações durante todo o dia. Ele admitiu que o vice-presidente boliviano, que estava nos EUA, reconheceu que não estava "a par" de todo o conteúdo da medida adotada e pediu tempo para manter conversações no âmbito do governo boliviano.

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