A gestão da estatal Petróleos da Venezuela (PDVSA) advertiu na quarta-feira (4) que seus funcionários são proibidos de viajar para os Estados Unidos e que quem violar a determinação "terá que enfrentar as consequências".
Em um comunicado intitulado "Viagens para o exterior pela equipe PDVSA em todo o país", divulgado no Twitter, a instituição proíbe a todos os seus funcionários e das afiliadas de viajar para qualquer cidade americana, principalmente Nova York, Las Vegas, Chicago e Flórida (embora este último destino seja um estado, na verdade).
Num apelo à denúncia imediata, a PDVSA "agradece aos funcionários que querem justiça ao revelar os nomes de pessoas que viajam para estes destinos, e se dirigirem imediatamente ao Escritório de Qualidade de Vida para realizar a denúncia".
Visto
Na segunda-feira, os Estados Unidos impuseram restrições de visto a funcionários venezuelanos atuais e antigos, não identificados, envolvidos em violações dos direitos humanos, bem como pessoas supostamente responsáveis por corrupção pública.
O governo americano não revelou a identidade dos venezuelanos, mas em julho do ano passado a Casa Branca já havia imposto restrições a 24 integrantes do governo de Nicolas Maduro. Na ocasião, a justificativa também foi a violação de direitos humanos.
A Venezuela enfrenta um período de escassez de produtos básicos, que se agravou nos últimos dois anos, e a população tem dificuldade para obter alimentos da cesta básica, além de enfrentar inflação alta e especulação financeira do bolívar em relação ao dólar.