O estoque das operações de crédito do sistema financeiro brasileiro cresceu 1,2% em abril em relação a março, segundo números divulgados nesta sexta-feira (25) pelo Banco Central (BC). Com a expansão nas concessões, o volume de empréstimos chegou a R$ 2,1 trilhões. No acumulado do ano, o crescimento foi de 3,5% e, em 12 meses, até abril, a alta chegou a 18,1%. A participação do crédito no Produto Interno Bruto (PIB) cresceu em abril, ficando em 49,6%. Em março, essa participação foi de 49,4% do PIB.
A inadimplência da pessoa física voltou a subir em abril, após ter registrado em março queda em relação ao mês anterior. O porcentual de empréstimos das famílias com atraso superior a 90 dias passou de 7,4% em março, para 7,6% em abril. O dado de abril é o mesmo que havia sido verificado nos meses de janeiro e fevereiro deste ano.
Pelo terceiro mês consecutivo a inadimplência das empresas se manteve em 4,1% em abril. Considerando-se o índice geral de atrasos, que inclui pessoas físicas e jurídicas, o dado passou de 5,7% em março para 5,8% no mês passado, retornando, com isso, ao nível de fevereiro de 2012.
Juros
A taxa média de juros dos empréstimos com crédito livre recuou de 37,3% ao ano em março para 35,3% ao ano em abril. A taxa é a menor desde dezembro de 2010, quando chegou a 35,0%. O juro para o cliente pessoa física baixou de 44,4% para 42,1% ao ano de março para abril. O porcentual também é o menor desde dezembro de 2010, de 40,6%. Para as empresas, a taxa recuou de 27,7% para 26,3% ao ano na mesma base de comparação.
A queda dos juros se deve principalmente à redução nos spreads bancários. O spread geral baixou de 28 pontos porcentuais (pp) para 26,5 pontos porcentuais, menor taxa desde fevereiro de 2011 (26,1 pp). Para a pessoa física, a queda no spread foi de 35,1 pp para 33,2 pp. No caso das empresas, o spread caiu de 18,4 pp para 17,5 pp na passagem de março para abril.
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