As ações da fabricante de brinquedos Estrela subiram 14,9% nesta terça-feira (20), passando a valer R$ 0,77 por papel. A disparada de preço ocorreu depois de a empresa comunicar ao mercado que seu acionista controlador e o diretor de marketing da empresa constituíram em Assunção, no Paraguai, a Estrella del Paraguay. O objetivo, segundo fato relevante, é substituir “parte dos brinquedos que a companhia, atualmente, tem importado da China”.
A Estrela não é a única brasileira a abrir unidades no país vizinho. Empresas do ramo têxtil, como a Riachuelo-Guararapes, estão migrando parte de suas produções para o Paraguai em busca de custos menores de mão de obra e menos impostos. E, de acordo com a Confederação Nacional da Indústria (CNI), pelo menos 42 companhias cruzaram a fronteira e montaram operações no Paraguai recentemente.
Desde o fim do ano passado, Carlos Tilkian, presidente da Estrela e acionista controlador, ventilava a ideia de ter uma unidade fabril em terreno paraguaio. Além da mão de obra mais barata, ele também cita a menor carga tributária. Outro atrativo, segundo o empresário, seria o fato de o atual presidente do país, Horácio Cartes, ser empresário e conhecer a dinâmica de um negócio.
Atualmente, a Estrela mantém fábricas em Itapira (SP), Três Pontas (MG) e Ribeirópolis (SE).
Ações
Em setembro do ano passado, a Estrela anunciou uma oferta pública de aquisição (OPA) com o objetivo de retirar todas as suas ações que estão em circulação no mercado. Na época, a alegação era de que a companhia não tinha mais interesse em se financiar por meio do mercado acionário e que manter o registro de companhia aberta implicava em uma série de custos desnecessários.
O valor estipulado para as ações preferenciais e ordinárias era de R$ 0,37.