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Dados do FMI mostram que o Brasil representa cerca de 3% do PIB Global (2015) e apenas 1,2% do comércio internacional (2014), o que diagnostica uma economia fechada | Arnaldo Alves/ANPr
Dados do FMI mostram que o Brasil representa cerca de 3% do PIB Global (2015) e apenas 1,2% do comércio internacional (2014), o que diagnostica uma economia fechada| Foto: Arnaldo Alves/ANPr

A adoção de um acordo comercial com os Estados Unidos, que elimine 100% das tarifas, possibilitaria ao Brasil aumento de quase 7% nas exportações e de 1,29% no Produto Interno Bruto (PIB). A conclusão é de estudo da Fundação Getúlio Vargas, feito a pedido da Câmara Americana de Comércio (Amcham) e apresentado na manhã desta segunda-feira (9), em São Paulo.

O material também simulou o impacto de um acordo de comércio com a União Europeia. Neste caso, o Brasil teria aumento de cerca de 12% nas exportações e crescimento de 2,8% no PIB.

“Acordos comerciais com os Estados Unidos e a União Europeia, com eliminação de tarifas e diminuição de barreiras não-tarifárias (NTBs), podem trazer benefícios econômicos para o Brasil a longo prazo”, aponta o material.

No levantamento, os professores da FGV simularam seis situações de acordos econômicos entre Brasil, EUA e União Europeia, juntos e separadamente, sempre projetando os impactos no PIB, balança comercial e fluxo de comércio até 2030.

De acordo com os professores Vera Thorstensen, coordenadora do Centro do Comércio Global e Investimento da FGV, e Lucas Ferraz, que coordena o Núcleo de Modelagem, dados do FMI mostram que o Brasil representa cerca de 3% do PIB Global (2015) e apenas 1,2% do comércio internacional (2014), o que diagnostica uma economia fechada.

“A situação do país distancia o país da economia internacional, onde 65% das transações entre países ocorre no âmbito de acordos comerciais (FGV 2014). Nos últimos anos, as economias mais fortes estão organizando mega-acordos, como o TPP (Trans-Pacific Partnership) e o TTIP (Transatlantic Trade and Investment Partnership), com a tendência de eliminar tarifas e diminuir as barreiras não tarifárias”, afirmam os professores no material.

A recomendação do relatório é que haja cautela na hora de fechar os acordos. Um planejamento cuidadoso e a longo prazo, envolvendo tanto a indústria quanto “o governo, para que o setor seja reformado e assim ganhe níveis maiores de competitividade”.

O estudo detalha que o setor privado deveria promover a produtividade dentro da empresa, enquanto o governo investiria em medidas como redução da carga tributária, aumento na qualificação da força de trabalho e adoção de uma política fiscal que promova uma taxa de câmbio real mais estável.

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