Novos sinais de que a economia norte-americana deixou a recessão para trás motivaram outra onda de compras nos mercados de ações, movimento seguido pela bolsa paulista, que chegou perto das máximas de 2009.
O Ibovespa subiu 1,2 por cento, para 56.831 pontos, também suportado pelo efeito positivo da alta das commodities sobre companhias domésticas de matérias-primas.
Na realidade, nem todos os dados desta quinta-feira apontaram na mesma direção. No começo do dia, o anúncio de um aumento inesperado no volume de pedidos de seguro-desemprego nos EUA colocou os investidores em alerta.
Mas outros índices divulgados em seguida logo desanuviaram o cenário dos mercados, incluindo o de principais indicadores da economia dos EUA, que aumentou em julho pelo quarto mês seguido. Outro medidor apontou que a atividade manufatureira da região do Meio-Atlântico do país passou para o território positivo em agosto, interrompendo 10 meses de contração.
Resultado: o índice Dow Jones da Bolsa de Nova York teve valorização de 0,76 por cento.
Outra fonte externa de otimismo foi a recuperação da bolsa chinesa, com o esvaziamento dos rumores de que o governo local tomaria medidas para restringir o crédito. A melhora abriu espaço para recuperação dos preços das commodities.
No caso das empresas ligadas a metais, o cenário ficou ainda melhor depois que a World Steel Association, entidade mundial do setor, reportou dados preliminares mostrando que a produção mundial de aço atingiu a máxima do ano em julho.
Com isso, o papel preferencial da Usiminas foi um dos destaques de alta do Ibovespa, subindo 2,5 por cento, para 46,85 reais. A preferencial da Vale ganhou 1 por cento, cotada a 32,46 reais.
Ganhos pontuais acentuados deram força adicional ao índice. O principal deles foi VCP, que deu deu um salto de 8,1 por cento, a 31,09 reais, depois de rumores de que a companhia estaria prestes a anunciar um aumento dos preços da celulose de fibra curta a partir de 1o de setembro. A companhia não se manifestou oficialmente a respeito.
Outro destaque foi Embraer, com valorização de 2,1 por cento, valendo 10,16 reais. A fabricante de aeronaves informou nesta quinta-feira ter recebido sinal verde dos EUA vender aviões comerciais à Venezuela com peças da indústria norte-americana.