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Crise internacional

Eufóricas com ajuda dos EUA, bolsas européias fecham perto de 10%

As bolsas mundiais permanecem em forte alta nesta sexta-feira, 19, após a divulgação de medidas nos Estados Unidos para reduzir os riscos sistêmicos do mercado financeiro - risco de que uma instituição financeira em dificuldade deixe de pagar outra, causando um efeito dominó e levando ao colapso de todo o sistema financeiro. Na Europa, a Bolsa de Londres subiu mais de 400 pontos, a maior elevação em 20 anos, fechando em alta de 8,84%. Em Paris, a alta foi de 9,27%, para 4.324 pontos, e em Frankfurt houve elevação de 5,56%. Por aqui, a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) subia 8,40% às 13h34, aos 52.491 pontos. No mesmo horário em Nova York, índice Dow Jones apresentava valorização de 4,23% e o Nasdaq disparava 3,76%.

O Tesouro dos Estados Unidos, o banco central (Federal Reserve) e a Securities and Exchange Comission (SEC - órgão fiscalizador do mercado americano) anunciaram uma série de medidas na manhã desta Sexta-feira. Depois disso, o Secretário do Tesouro, Henry Paulson, afirmou que os planos para assumir os ativos hipotecários problemáticos das instituições financeiras, além de outros esforços para aumentar a compra de títulos lastreados em hipotecas, vão custar caro, mas não tomar nenhuma atitude custaria muito mais.

Pela terceira vez nesta semana, o presidente dos EUA, George W. Bush, falou sobre a crise. Ele defendeu que a administração está tomando "ações sem precedentes" para lidar com a crise nos mercados financeiros. Ele disse que aprecia a boa vontade do Congresso em trabalhar com o governo para enfrentar a crise "de frente". Ao seu lado, estavam o presidente do Federal Reserve, Ben Bernanke, o secretário do Tesouro e o presidente da Comissão de Valores Mobiliários dos EUA (SEC - órgão fiscalizador do mercado americano), Christopher Cox.

Mercado de câmbio

O dólar caía 5,44% às 13h40, cotado a R$ 1,8250, após a realização do primeiro dos leilões de venda da moeda anunciados pelo Banco Central na quinta-feira. O leilão de venda conjugada - em que o BC, na prática, "empresta" dólares ao mercado, tem a intenção de suprir a escassez de crédito em moeda estrangeira no País.

O Banco Central vendeu US$ 200 milhões no leilão. Durante a operação, segundo o BC, foram aceitas apenas duas propostas, nas quais a taxa máxima de recompra aceita pela autoridade monetária ficou em R$ 1,851100. A recompra acontecerá em 23 de outubro. Os dólares foram vendidos com taxa de R$ 1,8380 e a liquidação da venda será em 23 de setembro.

O BC também anunciou a realização de um segundo leilão de venda de dólares nesta sexta-feira, com montante máximo de US$ 300 milhões. As ofertas serão recebidas entre 15h e 15h30 e a taxa de venda da moeda será determinada pela ptax divulgada no boletim das 14h30.

Assim como na oferta realizada nesta manhã, cada instituição só poderá fazer uma única proposta, com até seis casas decimais, que deverá ser apresentada por meio telefônico aos dealers. Cada banco tem que respeitar o limite máximo para a compra da moeda de até 20% do total ofertado pelo BC. A liquidação desta operação será feita em 23 de setembro, terça-feira, e a data da recompra é 23 de outubro, 30 dias corridas a partir da liquidação.

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