O protecionismo ganha força no comércio de biocombustíveis. A União Europeia (UE) adotará novas tarifas de importação para frear a entrada de biodiesel dos Estados Unidos, acusados de distorcer o mercado. A medida, porém, pode afetar Brasil e Argentina. O bloco formado por 27 países europeus alega que os norte-americanos importam biocombustível sul-americano, mais barato, misturam com a sua produção, recolhem subsídios e revendem no mercado europeu com uma ampla margem de dumping (preço abaixo do custo).
Agora, a UE vai aplicar uma série de medidas antidumping para conter essa importação. Elas vão variar de 2 a 19 por 100 quilos de biodiesel importado. Além disso, uma sobretaxa de 23 a 26 a cada 100 quilos será aplicada para compensar os subsídios recebidos pelos produtores nos EUA. O pacote de medidas protecionistas será debatido oficialmente na terça-feira da semana que vem (dia 3 de) em Bruxelas. A previsão é de que as taxas comecem a entrar em vigor a partir de abril.
A queixa partiu dos próprios produtores de biodiesel da Europa, que alegam desde o ano passado que o produto norte-americano, subsidiado, tem provocado a falência de várias usinas na Espanha Alemanha e Leste Europeu. Ainda durante a presidência de George W. Bush, a Casa Branca rejeitou a acusação de que o país pratica dumping na exportação de biocombustível.
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