A execução do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) continua muito lenta, revelaram, nesta quinta-feira (31), dados divulgados pela Secretaria do Tessouro Nacional. Dos R$ 15,8 bilhões previstos em gastos do PAC em todo o ano de 2007, que visam estimular o crescimento da economia via investimentos em infra-estrutura, somente R$ 548 milhões foram efetivamente gastos nos quatro primeiros meses deste ano.
"Existem dificuldades, mas o governo está focado e determinado a fazer os gastos do PAC. As dificuldades são aquelas proporcionadas pela economia real, que são fazer e licitar os projetos, além de executá-los e fazer todas as medições adequadas", disse o secretário do Tesouro Nacional, Tarcísio Godoy. Disse que a meta de executar todos os projetos do PAC neste ano, no valor de R$ 15,7 bilhões, é uma "meta desafiadora".
Projeto Piloto de Investimentos
No caso do projeto piloto de investimentos (PPI) do governo federal, cujos gastos podem ser excluídos da meta de superávit primário (usado para pagar juros da dívida pública), a execução também continua devagar. Segundo dados divulgados nesta quinta-feira pelo Tesouro Nacional, somente R$ 695 milhões em gastos do PPI foram efetivamente pagos, dos R$ 11,3 bilhões previstos em gastos.
Os gastos do PPI são os projetos de infra-estrutura considerados prioritários pelo governo federal e que têm execução garantida no orçamento. São gastos em portos, aeroportos, ferrovias e rodovias, entre outros. O PPI é composto por vários projetos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) - carro-chefe do segundo mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Mas também têm projetos que não estão no PAC.
Todos investimentos da União
No acumulado dos quatro primeiros meses deste ano, foram gastos R$ 3,58 bilhões em todos os investimentos previstos pela União, que englobam, além do setor de infra-estrutura, os investimentos de outros ministérios. Até março, haviam sido gastos cerca de R$ 2,3 bilhões nestes projetos.
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