O setor industrial do Brasil se expandiu pelo terceiro mês seguido em março, embora a um ritmo mais lento devido à queda no volume de novos pedidos para exportação, mostrou pesquisa nesta segunda-feira (2). O Índice de Gerentes de Compras de Produção Industrial (PMI, na sigla em inglês), do instituto Markit, caiu para 51,1 pontos em março, ante 51,4 pontos em fevereiro. O dado fica acima da marca de 50 pontos que separa contração de expansão pelo terceiro mês. De acordo com o Markit, tanto a produção quanto o volume de novos pedidos no mercado doméstico aumentaram. Embora o crescimento nesses dois componentes tenha sido modesto, a produção atingiu o nível mais forte em dez meses e o volume de novos pedidos, em doze meses. De acordo com a pesquisa, as empresas realizaram contratações no mês passado, mas em nível apenas marginal. "O volume mais elevado de novos pedidos recebidos do mercado nacional disfarçou um declínio nos novos trabalhos para exportação", explicou o instituto em nota, destacando que volumes mais baixos de novos pedidos para exportação são relatados em todos os últimos 12 meses. Cerca de 19 por cento dos entrevistados na pesquisa relataram um aumento na produção, enquanto 10 por cento registraram uma queda. Ao mesmo tempo, os pedidos em atraso se acumularam pelo segundo mês consecutivo em março. "A recuperação da indústria manufatureira ainda é modesta, mas a abertura é favorável e corrobora nossa visão de que a atividade econômica deve se recuperar até o meio do ano", disse Andre Loes, economista-chefe do HSBC. Na terça-feira, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulga seus dados sobre a produção industrial do Brasil. O PMI tem como base dados compilados junto a executivos encarregados por compras em mais de 400 empresas industriais. O índice fornece uma visão geral e instantânea das condições operacionais da economia do setor industrial.
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