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Expansão

Fábrica curitibana fará maior rede inteligente da América do Sul

Diretor geral da empresa América do Sul, Marcelo Machado | André Rodrigues/Agência de Notícias Gazeta do Povo
Diretor geral da empresa América do Sul, Marcelo Machado (Foto: André Rodrigues/Agência de Notícias Gazeta do Povo)
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Os equipamentos para o maior projeto de "redes inteligentes" de distribuição de energia da América do Sul serão fabricados na Cidade Industrial de Curitiba. A Landis+Gyr, controlada pela japonesa Toshiba, vai fornecer 1,1 milhão de medidores inteligentes para a "smart grid" que a distribuidora Light está montando no Rio de Janeiro.

O contrato é de R$ 750 milhões e se estende por cinco anos. Os primeiros equipamentos devem ser entregues entre o fim de 2014 e o início de 2015. Para dar conta da encomenda, a Landis+Gyr, que hoje tem 300 funcionários em Curitiba, deve contratar entre 30 e 40 pessoas nos próximos meses.

Os medidores inteligentes são dispositivos eletrônicos que vão substituir os equipamentos convencionais, eletromecânicos. Parte fundamental da smart grid, os novos aparelhos se comunicam com a central da distribuidora, permitindo a ela monitorar a distância todas as condições de fornecimento de energia em cada ponto de consumo, deixando o sistema mais confiável e eficiente. O consumidor poderá acompanhar em tempo real a evolução de seu consumo de energia – no sistema convencional, ele normalmente só descobre o quanto gastou quando recebe a conta de luz.

Quase 80% dos medidores que a Landis+Gyr vai produzir para a Light são do tipo SGP+M (Sistema de Gerenciamento de Perdas e Medição), modalidade que reúne, em um único gabinete instalado no alto de postes de distribuição, os medidores de várias residências e estabelecimentos de uma região.

Além de fornecer os medidores, a Landis+Gyr fará a instalação, operação e manutenção de todo o sistema, chamado de Gridstream. Também faz parte do pacote a integração, ao sistema automatizado da Light, de 500 mil medidores já existentes, de câmaras subterrâneas de transformadores – em boa parte do centro do Rio, o sistema elétrico está "enterrado" – e de religadores, equipamentos que servem para cortar o fornecimento de energia em situações críticas e acioná-lo quanto as condições voltam ao normal.

Hoje existem vários projetos de smart grid no Brasil, inclusive um conduzido pela Copel com 10 mil unidades consumidoras nos bairros Bigorrilho, Campina do Siqueira e Mossunguê, em Curitiba. Mas a maioria está em fase de testes e nenhum é tão grande quanto o da Light. Até 2018, 40% de seus consumidores serão abastecidos pela rede inteligente.

"O projeto é inédito na América do Sul, pela magnitude e por suas características. Além de 1,6 milhão de pontos de medição, cerca de 2 mil câmaras subterrâneas e religadores serão automatizados e interligados", explica Marcelo Machado, diretor geral da Landis+Gyr na América do Sul.

Segundo Machado, a perspectiva de crescimento da empresa no Brasil nos próximos três anos é de algo entre 10% e 15% ao ano, em grande parte graças ao avanço das smart grids.

Fábrica da Landis+Gyr

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