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Paola Noguchi no recém-inaugurado D-Espaço: 154 boxes com espaços que variam de três a 20 m². | Henry Milleo/Gazeta do Povo
Paola Noguchi no recém-inaugurado D-Espaço: 154 boxes com espaços que variam de três a 20 m².| Foto: Henry Milleo/Gazeta do Povo

Entregar soluções sob medida às necessidades dos clientes está mesmo no DNA da paranaense DCL Real State, do grupo Demeterco. Consolidada no mercado de galpões comerciais e condomínios logísticos, a empresa usou sua experiência para lançar a D-Espaço e brigar por uma fatia do mercado de self storage de Curitiba. E os planos não param por aí. Em cinco anos, a ideia é liderar o mercado de autoarmazenamento na Região Sul.

CENTENÁRIA

Fundada em 1914, a DCL Real State é remanescente da antiga Rede Mercadorama, que foi uma das maiores varejistas do Sul do país. Em 1998, a operação de varejo foi vendida para o português Grupo Sonae, mas a empresa manteve no portfólio os imóveis. Neste ano, a DCL mudou o foco e passou a atuar no mercado imobiliário com a administração de imóveis próprios, construção de galpões comerciais e condomínios logísticos “built to suit”, construído sob medida para o cliente, área em que atua até hoje. Nesse modelo, a DCL tem em seu portfólio mais de 240 mil m² de Área bruta Locável distribuídos em 47 ativos.

As metragens cada vez menores dos apartamentos e a necessidade de espaço para armazenar o que não cabe em casa, na garagem ou no escritório fizeram a empresa vislumbrar uma nova oportunidade em um mercado que ainda é bastante tímido no país. O investimento de R$ 2,5 milhões ficou por conta de um retrofit feito para transformar o galpão, antigo centro de distribuição da Rede Mercadorama, na D-Espaço. “É uma necessidade que a maioria das pessoas não sabe que tem”, afirma Paola Noguchi, diretora-geral da DCL Real State.

O self storage é uma necessidade que a maioria das pessoas não sabe que tem.

Paola Noguchi, diretora-geral da DCL Real State

O espaço recém-inaugurado, de 1,5 mil metros quadrados, é o primeiro de outros selfs que a empresa planeja para Curitiba. Na sequência, a ideia é abrir as portas nas demais capitais do Sul, pautando a expansão por meio de análises de mercado. Não é por acaso, por exemplo, que a D-Espaço fica no bairro Hauer, às margens da Linha Verde. A ideia é aproveitar a verticalização e urbanização da região para impulsionar o negócio, conta Paola.

100 empresas

oferecem serviços de autoarmazenamento no Brasil e são ligadas à Associação Brasileira de Self Storage (Asbrass). Trata-se de um mercado ainda incipiente se comparado ao norte-americano, citado como referência neste segmento. De acordo com a Asbrass, existem nos Estados Unidos cerca de 50 mil unidades que oferecem em torno de 13 milhões de m² de espaço para armazenamento.

Preço competitivo

Os contratos mensais, sem taxas, impostos ou necessidade de fiador seguem o padrão do mercado. O espaço abriga 154 boxes que vão de 3 a 20 m². Para guardar seus pertences na D-Espaço, o cliente paga R$ 70 o metro quadrado, um preço competitivo para brigar forte no mercado, avalia Paola. A partir de R$ 200 é possível alugar um box de 3 m², onde é possível guardar tudo que caberia em um apartamento de 30 m². O plano é chegar ao fim de deste ano com 90% dos espaços ocupados.

Para driblar a concorrência, a empresa não focou apenas em preço, mas foi além, agregando novos serviços ao self storage: uma área de trabalho com computadores, wi-fi e sala de reuniões. Segundo ela, o espaço se assemelha muito a um coworking, porém, sem qualquer custo adicional ao cliente.

A D-Espaço se soma a outros investimentos da DCL estimados em mais de R$ 20 milhões para 2015. O principal deles é o novo condomínio logístico Armazém 3, em fase de construção e orçado em R$ 15 milhões. Apesar das más previsões no cenário econômico, Paola garante que há espaço para crescer em 2015, embora num ritmo menor. Nesse período de desaceleração do setor imobiliário, a DCL Real State comemora índices de vacância dos seus empreendimentos abaixo da média do mercado. “Não temos nem vacância técnica. Isso nos anima a tocar novos projetos. O Armazém 3 estamos fazendo no especulativo, mas estamos seguros”, afirma.

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