O Ministério da Fazenda informou nesta quinta-feira (10), por meio do documento "Economia Brasileira em Perspectiva", que, após o crescimento de até 6,5% do Produto Interno Bruto (PIB) neste ano, conforme estimado pelo ministro Guido Mantega, espera uma taxa média de expansão de 5,5% de 2011 em diante.

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"Nos próximos anos, esperamos que a economia brasileira retome um novo ciclo de desenvolvimento com crescimento anual médio estimado em 5,5%, bem superior ao crescimento médio dos períodos anteriores", informou o Ministério da Fazenda. A estimativa do governo está acima do que projetam os economistas do mercado financeiro, que preveem uma expansão de 4,5% para o PIB em 2011.

No primeiro trimestre de 2010, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o PIB brasileiro cresceu 9%, na comparação com o mesmo período do ano passado, e 2,7% contra os três últimos meses de 2009.

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Desaquecimento

A partir do segundo trimestre de 2010, porém, o Ministério da Fazenda espera desaquecimento da economia sem a presença dos estímulos fiscais antes vigentes, como as desonerações do IPI de automóveis e da linha branca, e com o aumento do compulsório pela subida dos juros.

"Outro fator a arrefecer o dinamismo atual é a crise européia, que poderá diminuir a disponibilidade de crédito externo impactando as exportações para aquela região e a rolagem de dívidas das empresas", acrescentou.

Inflação

Para frear um pouco o ritmo de crescimento, e tentar impedir o crescimento da inflação, o BC subiu nesta quarta-feira (9) a taxa básica de juros para 10,25% ao ano. Após um ano, os juros voltaram ao patamar de dois dígitos, ou seja, acima de 10% ao ano.

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O BC calibra a taxa de juros para atingir a meta central de inflação de 4,5% neste ano e em 2011, com base no Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Pelo sistema de metas, há um intervalo de tolerância de dois pontos percentuais para cima ou para baixo, de modo que o IPCA pode oscilar entre 2,5% e 6,5%.

De janeiro a maio, a inflação acumula alta de 3,09%. Para o mercado financeiro, o IPCA deve fechar este ano em 5,64%. O Ministério da Fazenda informou nesta quinta-feira que projeta um IPCA próximo a 5% para este ano, ou seja, acima da meta central mas dentro do intervalo de tolerância existente. "O IPCA retorna à trajetória de queda a partir de abril de 2010", acrescentou.