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Setor automotivo

Fenabrave revisa para baixo todas projeções de vendas de veículos em 2015

A Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave) anunciou nesta terça-feira (3) a revisão para baixo de todas as suas projeções para desempenho das vendas do setor automotivo em 2015. A entidade espera agora que os emplacamentos de veículos novos deverão somar 2,48 milhões de unidades em 2015, queda de 10% ante o ano passado. Em 2014 ante 2013, as vendas caíram 7,1%. A nova previsão é bem mais pessimista do que a queda de 0,53% estimada no início do ano.

O segmento de caminhões deverá ter o pior desempenho neste ano. A Fenabrave prevê que as vendas de pesados deverão cair 10,5% em 2015 frente a 2014, ante projeção anterior de -1,2%. Para o segmento de ônibus, a federação revisou a previsão de tombo de 0,7% para queda de 8,5%.

Já para automóveis e comerciais leves, a entidade projeta agora queda de 10%, maior do que o recuo de 0,5% estimado no início do ano. Somando motos, implementos agrícolas e outros veículos, a Fenabrave espera que o mercado automotivo total deve cair 22,25% (ante previsão anterior de -0,43%).

Ontem, o Bradesco também anunciou revisão para os emplacamentos de veículos em 2015 de +0,5 para queda de 5,3%. Já a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores prevê “estabilidade” nas vendas, com 3,5 milhões de unidades emplacadas.

Estoque

A Fenabrave informou ainda que o estoque médio atual de veículos nas concessionárias e fábricas é equivalente a 55 dias de vendas, volume considerado três vezes superior ao ideal.

O presidente da entidade, Alarico Assumpção, avaliou que grande parte da queda nas vendas de veículos se deve ao crédito mais caro e mais restrito. Segundo ele, sete em cada dez propostas de financiamento são rejeitadas pelos bancos atualmente. “Isso já vem de um bom tempo para cá”, destacou.

Assumpção avaliou que a lei que facilita a retomada do bem, sancionada em novembro de 2014, ainda não teve o efeito esperado. Segundo ele, a nova legislação só deve “pegar” a partir de 2016, quando o executivo prevê que o prazo médio de retomada deverá cair de 12 para seis meses.

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