Evento de abertura do congresso debateu ações de reposicionamento dos jornais brasileiros diante do mercado| Foto: Fotos: Image Wide

ANJ premia infografista da Gazeta

Em uma parceria entre ANJ, Google e Knigth Center, foram concedidos, durante o 10º CBJ, oito prêmios de infografia, divididos entre estudantes de comunicação e profissionais da mídia. Um dos profissionais que tiveram seu trabalho reconhecido, dentre os mais de 3 mil analisados, foi o editor de infografia da Gazeta do Povo, Leandro dos Santos (foto), que recebeu o prêmio das mãos do diretor do Knight Center, Rosental Calmon Alves.

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Palestra

Jornais não devem virar empresa de tecnologia,diz líder global da TBWA

Folhapress

Embora a tecnologia seja central para a indústria da comunicação, as empresas jornalísticas não devem se tornar empresas de tecnologia. Essa é a opinião do publicitário francês e presidente do conselho de administração do grupo TBWA, Jean-Marie Dru. Palestrante da abertura do 10º CBJ, Dru afirma que os jornais não podem esquecer que o seu principal valor está no conteúdo, no editorial, na capacidade de contar histórias.

"O New York Times tem um time de tecnologia com mais de 500 pessoas. Mas não é por isso que eles são uma empresa de tecnologia. O negócio de vocês é produzir noticias e conteúdo", disse. Para Dru, o futuro da comunicação na internet será baseado em vídeos e os jornais precisam estar preparados para contar suas histórias no formato audiovisual.

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A Digital Premium vai publicar anúncios simultaneamente em nove jornais:

Correio Popular (Campinas)

Estado de S. Paulo

Folha de S. Paulo

Gazeta do Povo

Gazeta de Vitória (Vitória)

Lance (Rio de Janeiro)

O Globo (Rio de Janeiro)

O Povo (Fortaleza)

Zero Hora (Porto Alegre)

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A indústria jornalística brasileira tem uma nova proposta para se relacionar com o mercado publicitário. Durante um ano de trabalho, a Associação Nacional de Jornais (ANJ) discutiu uma completa reestruturação do modelo de negócio, incluindo novas métricas de audiência e enfoque na valorização da credibilidade dos veículos, que abastecem suas multiplataformas.

"Precisamos resignificar a palavra jornal. Não se limita somente ao papel, está ligado também ao que está na web, tablet e smartphone. Jornal é sinônimo de informação de qualidade, apoiada na sua credibilidade e relevância na sociedade", disse a diretora da Unidade de Jornais do Grupo GRPCom, Ana Amélia Filizola, diretora da ANJ, na abertura do 10.º Congresso Brasileiro de Jornais. O evento reúne representantes dos 130 jornais associados, além de profissionais de mídia e mercado publicitário no World Trade Center, em São Paulo.

A reestruturação, baseada na metodologia da disrupção, que propõe a quebra de antigas fórmulas para inovação, levou à criação de duas ferramentas de venda de anúncios. A Digital Premium oferece a publicação simultânea nos sites dos nove maiores jornais do país (veja quadro nesta página). A expectativa da entidade é atrair o maior número de associados. Para participar, o veículo precisa cumprir exigências tecnológicas para se adequar à ferramenta.

A partir de setembro, um pacote de quatro inserções – uma por semana – poderá ser negociado e comprado por meio da ferramenta on-line, que será administrada pela empresa Predicta, ligada ao Grupo RBS. O faturamento dos anúncios será rateado entre os veículos de acordo com a participação na audiência. O produto será apresentado ao mercado publicitário hoje, último dia do congresso, e o lançamento oficial está marcado para o dia 21.

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Marketplace

Outra ferramenta que vai unificar os jornais e facilitar o trabalho entre agências e anunciantes será o Marketplace de Jornais, um banco de dados que vai reunir informações de audiência, preço, formatos e circulação para negociação e compra de anúncios nos veículos impressos. O Marketplace deve começar a funcionar no início do ano que vem.

O debate sobre ações de reposicionamento dos jornais diante do mercado contou ainda com a participação do presidente executivo do GRPCom, Guilherme Doring Cunha Pereira.

Os participantes do congresso também debateram a chamada "publicidade nativa". Novo nome dado aos já conhecidos "publieditoriais", conteúdos patrocinados por uma marca, mas produzidos por jornalistas. A prática, que a cada dia conquista mais adeptos no exterior, a exemplo dos jornais The New York Times e Wall Street Journal, vem sendo apontada por especialistas como um novo modelo de negócios para o meio.

O tema foi apresentado pelo jornalista holandês Ebele Wybenga, autor do livro The Editorial Age, que mostrou exemplos bem-sucedidos de conteúdo patrocinado e ressaltou a necessidade de manter os limites entre as áreas editorial e comercial. "É fundamental que esse tipo de jornalismo seja produzido fora das redações, para que os veículos não percam sua credibilidade junto aos leitores, e que fique claro de que se trata de um conteúdo pago por um anunciante", explicou.

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