Os Certificados de Depósito Bancário (CDBs) são um tipo de investimento indicado para quem procura por opções de menor risco que sigam as variações da taxa básica de juros. Mas, para garantir os melhores retornos, é preciso estar aberto para a compra de ativos de instituições de menor porte.
Enquanto os grandes bancos de varejo oferecem papéis com rendimento próximo ou acima de 100% da taxa DI (índice que segue a Selic) apenas para investidores de alta renda e com aplicações elevadas, os chamados bancos de segunda linha, que são menos conhecidos do público, dão retornos iguais ou muitas vezes superiores com aportes a partir dos R$ 5 mil. “Pelo fato de esses bancos terem uma menor estrutura e possuírem menos ativos, eles oferecem rendimentos elevados para atrair recursos”, explica o coordenador de Gestão Financeira das Faculdades Opet, Jefferson Fischer.
Os maiores rendimentos, porém, são proporcionais aos riscos e ao prazo de carência para sacar o dinheiro. O Banco Máxima, por exemplo, oferece CDBs que pagam 116% da DI para aplicações de R$ 5 mil. Para garantir esse retorno o investidor deve manter a aplicação intocada por 732 dias. Já o Banco Luso Brasileiro dá 118% da DI para investimentos de R$ 20 mil, com prazo de carência de 1.096 dias.
Para mitigar os riscos existentes em aplicações feitas nos bancos de segunda linha, o analista de investimentos da Toro Radar Rafael Panonko recomenda que os investidores observem o limite de R$ 250 mil do Fundo Garantidor de Crédito (FGC) em caso de quebra da empresa. O valor é referente à soma dos aportes e aos rendimentos por CPF e instituição.
Outra dica é observar o rating dos bancos e procurar aqueles que tenham os menores graus de risco. “Caso a pessoa invista mais do que R$ 250 mil em CDBs, talvez ela não tenha uma taxa de rentabilidade maior diante do risco de exposição que ela terá. Mas é possível montar uma carteira diversificada com diferentes aplicações dentro do limite do Fundo Garantidor”, diz Panonko.
Estratégias
Em geral, os certificados com maiores retornos são aqueles que possuem prazos mais longos de carência. Mas o tempo também tem influência sobre a alíquota do Imposto de Renda cobrada pelo investimento. Os CDBs seguem a tabela regressiva do IR, que vai de 22,5%, para seis meses, a 15%, para dois anos. Logo, quanto mais longo é o prazo, maiores serão os ganhos. E, além do retorno, a carência deve estar alinhada com a estratégia de investimentos de curto, médio e longo prazo.
Já para quem for investir em bolsa, Panonko lembra que os ativos podem ser usados como garantia para algumas operações, como as de mercado futuro de dólar e para o aluguel de ações.
Quando a oferta é demais...
O professor Jefferson Fischer alerta que, quando os bancos oferecem rendimentos muito acima da média, o investidor deve desconfiar e ficar atento aos riscos. A mesma lógica vale para os poupadores que cogitam migrar de um banco maior para outro de segunda linha para aproveitar as vantagens nas taxas de retorno. “Se os bancos dão de um lado, eles podem tirar de outro. Muitas vezes, eles oferecem taxas maiores de retorno nos investimentos e um atendimento mais agradável, mas também podem cobrar mais caro por transferências ou pelo cheque especial.”
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