Em tempos de crise, qualquer cuidado com as finanças é necessário. Um ponto que merece atenção é o dos cartões de crédito. Segundo pesquisa da Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac), em maio, os juros médios do cartão de crédito subiram pelo vigésimo mês consecutivo e alcançaram os 441,76% ao ano.
Mais alarmante ainda é o estudo realizado pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC) em conjunto com a Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL). De acordo com a pesquisa, 54,7% dos usuários de cartão no Brasil desconhecem os juros cobrados quando ocorre o atraso no pagamento da fatura.
O cartão de crédito, porém, não precisa ser abandonado. O segredo é utilizar o serviço com parcimônia. Confira dicas para não se “enforcar” no cartão:
Confira o extrato com frequência
Checar, ao menos uma vez na semana, o extrato do cartão ajuda no controle das finanças. Assim, o cliente confere em que pontos deve economizar e o quanto ainda pode gastar.
Cuidado com o débito automático
O débito automático pode atrapalhar o controle de gastos por parte do usuário, que ficaria mais “relaxado” devido à data de cobrança programada. Além do mais, há o risco de ocorrerem cobranças indevidas, problema que pode demorar a ser resolvido.
Conheça todas as taxas cobradas
É crucial que o cliente saiba que taxas o banco cobra para a manutenção do cartão para poder cuidar de suas finanças. Muitas instituições estabelecem uma taxa de anuidade apenas para a utilização do serviço, além dos juros e multa cobrados se houver atraso no pagamento.
Cuidado com o crédito rotativo
O crédito rotativo é utilizado por quem não pode pagar o valor total da fatura no vencimento. A parte não quitada é financiada automaticamente pelo sistema do banco e lançada para o mês seguinte, com juros. No Banco do Brasil, por exemplo, a taxa de juros do crédito rotativo pode chegar a 15,98% ao mês.
Não conte com o limite
Muitos usuários aproveitam o limite do cartão de crédito para adquirir itens caros, que não poderiam ser comprados à vista. Muitas vezes, porém, o cliente não dá conta de quitar as parcelas, e acaba se endividando.
O mínimo é suficiente
Tenha uma quantidade mínima de cartões de crédito. Fica mais difícil de controlar as finanças quando se tem muitos cartões.
Fuja dos cartões de loja
Muita gente se deixa seduzir pelos descontos oferecidos e acaba adquirindo cartões de lojas. A lógica é a mesma da dica anterior: quanto menos, melhor.