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Crise

Fiscais agropecuários do Paraná pedem saída do superintendente

Vestidos de preto, os cerca de 70 servidores da Superintendência Federal de Agricultura no Paraná irão protestar contra o Superintendente Daniel Gonçalves Filho. A manifestação será nesta quinta-feira (30), a partir das 9h, na sede da superintendência, que fica no bairro Tarumã, em Curitiba. Segundo Ailton Santos Silva, delegado do Sindicato Nacional dos Fiscais Federais Agropecuários (Anffa Sindical) no estado, a direção é responsável por assédio moral contra vários servidores.

"Ninguém tem segurança para trabalhar. São transferências que ocorrem em véspera de carnaval, fim de ano. Sei que assédio moral é difícil de ser comprovado, mas há interferência da direção nos trabalhos e temos em torno de 20 depoimentos expondo a situação", afirma Silva.

Nesta segunda-feira (27), portarias afastaram dois servidores de cargos de chefia ocupados dentro da superintendência. A Anffa Sindical classificou as exonerações como "arbitrárias e antidemocráticas", associando as demissões à participação na greve. "O Denis foi o único chefe a aderir à greve", coloca Silva, referindo-se a Denis Nestor da Silva, que tinha cargo em comissão de Chefe do Serviço de Suporte Agropecuário no Paraná. Silva foi o outro servidor a ser afastado. Ele era substituto do Chefe da Divisão de Política, Produção e Desenvolvimento Agropecuário no estado.

A reportagem tentou contato com o superintendente Daniel Gonçalves Filho, mas não cosneguiu. A informação é que ele está em viagem e deve voltar nesta quinta-feira (30). Na sede, será recebido pelos manifestantes, que esperam uma resposta sobre as acusações. "Vamos continuar parados até a saída do superintendente", afirma Silva.

Greve

O protesto contra o superintendente é um evento não relacionado à greve que teve início no dia 6 de agosto. A greve tinha como reivindicações a realização de concurso público e a reestruturação da carreira. No dia 10 de agosto, contudo, uma decisão judicial ordenou o retorno de 100% dos fiscais para os trabalhos nos portos, aeroportos, aduanas e frigoríficos. A ação gerou protestos em todo o país.

Nesta terça-feira (28), os servidores decidiram aceitar a nova proposta do governo federal. Pelo acordo, haverá remuneração na forma de subsídio, com a incorporação aos salários das gratificações e vantagens. Na próxima sexta-feira (31), uma assembleia geral deve formalizar o fim da greve em todo o Brasil.

No Paraná, entretanto, o conflito com o superintendente pode resultar em nova paralisação. De acordo com a assessoria da Anffa Sindical, tudo dependerá de como o Gonçalves Filho responderá ao protesto de quinta-feira.

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