A recuperação da economia global foi incompleta e mais fraca do que o esperado. Por isso, é preciso tomar medidas "ousadas e ambiciosas" que coloquem os países de volta no caminho de um crescimento sustentável e robusto, em especial reformas estruturais de longo prazo.Essa é a mensagem do comunicado final do encontro do Comitê Monetário e Financeiro Internacional (IMFC) do FMI, divulgado neste sábado (11).

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"Políticas macroeconômicas acomodatícias devem continuar nas economias que ainda tenham ociosidade, acompanhadas da implementação decisiva de reformas estruturais críticas em todos os países", diz o texto do comitê, que reúne os 24 membros da diretoria-executiva do Fundo Monetário Internacional.

"Estamos claramente em recuperação, mas é uma recuperação incompleta", afirmou o presidente do IMFC, Tharman Shanmugaratnam, em entrevista à imprensa após o encontro. "Nossa maior preocupação é evitar o que a diretora-geral [do FMI, Christine Lagarde] chamou de 'um novo medíocre.'"

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A necessidade dessas reformas estruturais foi o centro do comunicado - e do encontro. "Todos estavam concentrados no desafio real, as reformas estruturais, muito mais do que em políticas macroeconômicas", disse o presidente do IMFC.

"O objetivo desta reunião foi colocar um pouco de fogo na discussão, para que os ministros e presidentes de bancos centrais sejam energizados pelas conversas, pela troca de anotações, e possam voltar para casa para implementar isso. É como eu disse: sejam bravos. Façam isso acontecer. E usem todas as suas ferramentas", afirmou a diretora-geral do Fundo, Christine Lagarde.

"Para resolver os problemas de agora, precisamos aumentar o crescimento potencial. E isso significa reformas que não dão resultado imediatamente, mas que constroem a confiança no médio e longo prazos", disse Shanmugaratnam.

Ele reconheceu, no entanto, que o ritmo de implementação dessas reformas ainda é lento. "É preciso acelerar o ritmo", disse.

Na entrevista, Shanmugaratnam e Lagarde citaram países como Itália, Índia, México e Ruanda entre os que estão liderando essas mudanças. Segundo ele, há uma ampla escala de reformas que podem ser feitas sem comprometer a situação fiscal.

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"Por que a Espanha está saindo da crise? E a recuperação na Irlanda? Eles passaram por reformas estruturais sérias, tiveram alguns percalços, mas estão vendo a recompensa. E é isso que está faltando, se me permitem dizer, em outros países europeus", disse o presidente do IMFC.