Os conselheiros da Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) aprovaram hoje uma proposta de alteração no serviço e na forma de pagamento dos orelhões de todo país. O novo regulamento segue agora para consulta pública, pelo prazo de 45 dias.
De acordo com o texto, fica aberta a possibilidade de se pagar pelas ligações com uso de moedas ou cartão de crédito.Modelos semelhantes já são utilizados no exterior e facilitam o uso dos orelhões, principalmente por estrangeiros. Por isso, o texto prevê que a novidade seja implementada a tempo de ser usada por turistas, que vierem para a Copa do Mundo, em 2014.
O documento também pretende fazer com que a própria estrutura fixa do orelhão seja utilizada para servir ao mercado publicitário. Abrindo a guarda para que se façam mudanças no formato das cabines ou permitindo, simplesmente, que se fixe imagens de campanhas de empresas pelo lado externo dos orelhões.
A publicidade também pode ser permitida por meio de mensagens de voz. Elas seriam gravadas e disparadas pouco antes de cada ligação. Os usuários que aceitarem ouvir a mensagem até o fim não terão de pagar pela chamada ou, ao menos, ganharão alguns minutos - custeados pelas empresas anunciantes.
O limite para essas mensagens de voz seria de 20 segundos. Mas, para dar agilidade a chamada em casos de emergência ou para o caso do usuário não estar interessado, seria possível pular a opção.
Todas essas mudanças não devem ser impostas às concessionárias. Da forma em que o texto foi proposto, pela conselheira Emília Ribeiro, a troca dos equipamentos e a implementação dos novos serviços fica a cargo das concessionárias.Para ela, haverá interesse das operadoras, uma vez que a queda no uso dos terminais públicos é acentuada, assim como o retorno financeiro dos terminais públicos para as companhias vem em trajetória descendente.
Outros serviços que podem ganhar a autorização da Anatel ultrapassariam a opção de voz. Pelo texto, seria possível trocar todos os aparelhos por novos, que ofereçam conexão de internet banda larga, navegação na internet na tela do orelhão e até mesmo serviço de GPS.
Com o aumento do lucro, gerado em cada terminal, os investimentos poderiam ser mais facilmente guiados para a manutenção dos orelhões de áreas mais distantes, em que o simples serviço de voz já não funciona corretamente ou não é higienizado com frequência. Após consulta pública, o projeto volta para última análise dos conselheiros.
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