Uma proposta legislativa para eliminar os créditos tributários ao etanol nos Estados Unidos, assim como as tarifas sobre a importação do produto, não foi aprovada em votação chave no Senado do país nesta terça-feira.
A emenda do senador republicano Tom Coburn não conseguiu obter os 60 votos necessários para que fosse incluída em um projeto de lei da Casa.
Uma mudança na tarifa de importação, por exemplo, poderia beneficiar o Brasil, segundo produtor de etanol após os Estados Unidos.
A votação ocorreu num ambiente em que os Estados Unidos buscam formas de reduzir os gastos, ao mesmo tempo em que aumenta a crítica global aos subsídios ao etanol à base de milho, um produto alimentício.
Ao final, foram 59 votos contrários e 40 a favor da emenda.
Enfrentando grande oposição dos parlamentares de estados agrícolas dos EUA e da indústria de etanol, já era esperado que a proposta enfrentaria dificuldades para obter os 60 votos necessários.
Mas diante dos ataques aos subsídios ao etanol, houve especulações de que a proposta contra os créditos tributários e tarifas poderia ser aprovada.
Previamente à votação, a senadora democrata Dianne Feinstein disse que o apoio à medida foi reduzido pela maneira apressada com que a proposta foi trazida ao Senado.
"Eu acredito que, se não fosse pelo processo, poderíamos ter tido os 60 votos", disse Feinstein, co-responsável pela proposta com Coburn.
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