Algumas vezes nem mesmo a concessão de benefícios é capaz de fazer deslanchar alguns projetos industriais. Foi o caso da norte-americana Chrysler, que em 1998 implantou uma fábrica de US$ 315 milhões em Campo Largo, na região metropolitana de Curitiba, e depois de três anos fechou as portas.
Com o baixo desempenho de vendas da picape Dakota, único modelo produzido, a fábrica chegou a amargar, no último ano de operação, ociosidade de 88%. Programada para produzir até 40 mil veículos por ano, a Chrysler montou apenas 4,6 mil picapes em 2000.
A montadora foi embora sem gerar o volume de empregos esperado na época 250 pessoas foram demitidas e teve que devolver R$ 110 milhões em incentivos recebidos.
Curiosamente, a TMT Motoco, que um ano depois se instalou no mesmo local, também não vingou. A empresa, fabricante de motores de baixa potência para exportação, não agüentou o dólar desvalorizado, suspendeu esse ano a produção e demitiu 680 empregados diretos.
Subsidiária do grupo norte-americano Tecumseh, a TMT previa gerar até 1,4 mil empregos, com a produção de 2 milhões de motores e 500 mil transmissões por ano, para serem utilizados nos mais diversos equipamentos, como máquinas de limpar neve e de jardinagem. Pouco antes de fechar, a empresa estava produzindo 130 mil motores por mês, direcionados principalmente para o mercado norte-americano. (CR)