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O governo francês disse que vai levar a sério o alerta da Standard and Poor's de que seu rating "AAA" pode ser cortado em dois degraus, mas afirmou não ver necessidade de mais cortes orçamentários ou esperar dificuldades para emitir dívida no próximo ano.

Na véspera, após um acordo franco-alemão para pressionar por uma mudança no tratado da União Europeia (UE) a fim de apertar a governança fiscal dos 17 países da zona do euro, a S&P disse que poderia reduzir as notas de créditos de países da região caso não haja nenhum acordo convincente num encontro da UE na sexta-feira.

"É uma ameaça, não é uma decisão. Claro que precisa ser levada a sério", afirmou o ministro francês das Relações Exteriores, Alain Juppé, à rádio RTL, acrescentando: "Sabemos que temos mais esforços a fazer do que outros, isso é certo".

O ministro das Finanças do país, François Baroin, disse que o anúncio da S&P não levou em consideração as propostas franco-alemãs para promover mudanças no tratado até março, que centralizariam o controle sobre os esforços do governo para melhorar as finanças públicas e permitir mais sanções automáticas para as nações que descumprirem as regras.

A França tem estado na mira de agências de rating há meses por possuir os mais elevados níveis de dívida e de déficit dentre todos os seis países "AAA" da zona do euro.

No final da segunda-feira, Baroin afirmou que o governo de centro-direita da França não vai impor uma nova rodada de medidas de austeridade em resposta ao alerta da S&P, tendo já anunciado dois pacotes de cortes orçamentários nos últimos meses.

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