O Ministério das Relações Exteriores francês minimizou a decisão do Irã de parar as exportações de petróleo para a França, parte do aumento das tensões entre a república islâmica e o Ocidente sobre as ambições nucleares de Teerã. O ministério afirmou que a decisão tem impacto reduzido, uma vez que as empresas de petróleo francesas já suspenderam as compras de petróleo iraniano por causa das sanções aprovadas pela União Europeia no mês passado - que tem como alvo os ativos do Banco Central do Irã e se destinam ao embargo às importações do Irã pelo bloco em julho.
O porta-voz do ministério, Vincent Floreani, disse que as sanções visam a persuadir o "Irã a retomar negociações sobre seu programa nuclear".
Jean-Louis Schilansky, presidente da Associação do Setor Petrolífero da França (UFIP), disse que a medida iraniana foi mais "psicológica" e feita para mandar um sinal aos mercados. "Na verdade, eles estão mantendo a tensão muito alta. O prêmio de risco, que é o preço do petróleo no momento, está de uma forma que vai ficar porque os iranianos não vão facilitar a situação", disse. "Nesse caso, você poderia prever que o preço do petróleo vai continuar muito alto, acima de US$ 120 o barril".
Schilansky lembrou que a quantidade de petróleo afetada pelo novo embargo contra a França e o Reino Unido será "mínimo", mas ainda há incerteza sobre como outros países como a Grécia, a Espanha e a Itália - que importam muito mais petróleo do Irã - vão lidar com a situação se ela piorar. As informações são da Associated Press.