Fraqueza em mercado de trabalho dos EUA derruba Wall Street

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As principais bolsas de valores dos Estados Unidos fecharam em queda de mais de 2 por cento nesta sexta-feira, após dados mostrarem estagnação na geração de empregos do país, colocando investidores frente a frente com a perspectiva de mais uma recessão econômica.

O índice Dow Jones, referência da Bolsa de Nova York, recuou 2,20 por cento, para 11.240 pontos. O Standard & Poor's 500 teve desvalorização de 2,53 por cento, para 1.173 pontos. O termômetro de tecnologia Nasdaq caiu 2,58 por cento, para 2.480 pontos.

No acumulado da semana, o Dow recuou 0,4 por cento, e o S&P 500 cedeu 0,2 por cento, enquanto o Nasdaq ficou praticamente estável.

As repetidas quedas fizeram com que Wall Street encerrasse no vermelho pela sexta de sete semanas. O volume de papéis que registraram perdas superou o dos que tiveram ganhos em um dia de baixo giro financeiro, antes do fim de semana prolongado pelo feriado do Dia do Trabalho nos Estados Unidos, em 5 de setembro.

As ações haviam se recuperado recentemente, com expectativas de que o Federal Reserve (banco central norte-americano) revelasse novos estímulos para impulsionar a economia, que demonstra sinais de fraqueza. Mas o último relatório do Departamento de Trabalho ressalta que somente a ação do Fed não pode solucionar problemas mais profundos na economia.

"Sozinho, o Fed não pode recuperar a confiança ou criar empregos, então qualquer medida que ele possa tomar não irá mudar totalmente o cenário das perspectivas de crescimento econômico", disse Leo Grohowski, vice-presidente de investimentos da BNY Mellon Wealth Management, em Nova York, que gerencia cerca de 171 bilhões de dólares em ativos.

Ações do setor financeiro estiveram novamente entre as que exibiram maior queda, com os papéis do Bank of America despencando 8,3 por cento, pior queda do Dow, cujos 30 componentes recuaram.

A ação do JPMorgan Chase JPM.N> caiu 4,6 por cento, e o índice de bancos KBW cedeu 4,5 por cento.