Os trabalhadores da Toyota, em Indaiatuba, interior de São Paulo, recusaram nesta quarta feira (17) a proposta de 13,58% de aumento salarial oferecida pela montadora. "Vamos esperar uma contraproposta", avalia o diretor do Sindicato dos Metalúrgicos de Campinas e Região, Darcy Jorge de Lima. Por outro lado, os trabalhadores de outra montadora japonesa na região, a Honda, em Sumaré, acataram e fecharam o acordo de aumento de 14,57% (INPC de 7,15% + 6,92% aumento real) na última segunda feira.
"Foi o melhor acordo da categoria no Brasil", comemora o diretor do Sindicato, Eliezer Mariano da Cunha, ao comentar o patamar alcançado pelos trabalhadores da Honda, ante os 11,01% oferecido a princípio pelo Sinfavea, o sindicato patronal. Para os sindicalistas, o acordo firmado com os trabalhadores da Honda seria muito interessante para os da Toyota. Eles aguardam um avanço neste sentido.
Na primeira semana de setembro, entretanto, sindicatos de outras regiões do interior de São Paulo aceitaram a oferta do Sinfavea. Para Cunha houve uma precipitação, pois a categoria ainda tinha espaço para negociar. Os trabalhadores da terceira montadora na região de Campinas, a Mercedes-Benz, deve fazer a avaliação da oferta do empresariado nos próximos dias.
Paralisações
Enquanto esperam por melhores respostas às reivindicações, os metalúrgicos da região de Campinas continuarão com as greves de advertência por 24 horas. Desde o começo de setembro, perto de 25 mil trabalhadores interromperam as atividades em 21 fábricas dos setores de autopeças, fundição e montadoras.
O Sindicato em Campinas, porém, ainda não definiu a data de nova assembléia. O último encontro foi dia 14. Os representantes dos trabalhadores devem se reunir com o Sindipeças, nesta quinta-feira, que oferecia 10,04% (INPC + 2,7%). Os Sindmq, Sinaees e Sicetel propõem 10,8% (INPC + 3%) e o de Fundição 10,5%