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Curitiba

Metalúrgicos aprovam proposta da Volkswagen e encerram greve

Em assembléia realizada na manhã desta terça-feira (9), os cerca de quatro mil metalúrgicos da fábrica da Volkswagen em São José dos Pinhais, na região metropolitana de Curitiba, decidiram, por unanimidade, encerrar a greve iniciada no dia 1.º. De acordo com o Sindicato dos Metalúrgicos da Grande Curitiba (SMC), a proposta aceita pelos trabalhadores foi de cerca de 11% de reajuste salarial, a serem aplicados a partir de novembro. Os funcionários do primeiro turno, que começou às 6h, já trabalham normalmente.

O índice é composto por 7,15% referentes a perdas inflacionárias acumuladas no último ano, mais 3,6% de aumento real. A empresa se comprometeu ainda a pagar um abono de R$ 2 mil no próximo dia 15. Ainda segundo o acordo, os seis dias de paralisação dos funcionários serão descontados do adicional de horas extras dos trabalhadores.

A última proposta da Volkswagen, rejeitada em assembléia na segunda-feira (8) pelos metalúrgicos, era de reajuste de 3,6% mais reposição de inflação de 7,15% e abono salarial de R$ 1.450 a ser pago no próximo dia 22. O sindicato da categoria pedia 5% de aumento real, além dos 7,15% referentes a perdas inflacionárias, o que totalizaria 12,15% de reajuste; somados a um abono de R$ 1,5 mil.

Até o dia 1º, a proposta formulada em conjunto pelas empresas, que levou à greve dos trabalhadores, era um reajuste de 0,5% de aumento real além dos 7,15% para cobrir as perdas inflacionárias, sem abono. Nos seis dias de paralisação, o SMC estima que a Volks deixou de produzir aproximadamente 5,1 mil veículos.

Volvo e Renault

A montadora alemã era a única a permanecer em greve. Deflagrada no dia 1º, data-base da categoria, a paralisação durou apenas 24h na fábrica da Volvo, na Cidade Industrial de Curitiba, onde os funcionários aceitaram um reajuste de 10% para setembro e um abono de R$ 1,5 mil que será pago no dia 12. Cerca de 80 caminhões deixaram de ser produzidos na paralisação de um dia, que será abonada pela empresa.

Na Renault, os metalúrgicos ficaram quatros dias inteiros de braços cruzados, e voltaram às atividades na sexta-feira (5). A empresa propôs 2,66% de aumento real e reposição integral da inflação acumulada nos últimos doze meses (7,15%), totalizando 10% de reajuste no salário, que devem ser aplicados já no mês de setembro. Além disso, os trabalhadores receberam direito a um abono dividido em duas partes: R$ 1,5 mil pagos na segunda-feira (8), e R$ 100 para o próximo dia 19. Os quatro dias de greve serão descontados do banco de horas dos trabalhadores.

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