A greve dos Correios pode, na tarde desta quinta-feira (26), encaminhar-se para o fim. Sindicatos espalhados por todo o país analisam, em assembleias, uma alteração na pauta de reivindicações, a partir de uma proposta feita pela federação nacional da categoria. Caso a proposta seja aceita, a nova pauta será encaminhada ao Tribunal Superior do Trabalho (TST), que intermedeia as negociações com a direção dos Correios. Caso não haja acordo entre empregador e trabalhadores nas próximas semanas, está marcado, para 14 de outubro, o julgamento de um dissídio coletivo no TST
Enquanto o fim da negociação não chega, clientes da estatal continuam sofrendo os impactos da paralisação, com atrasos nas encomendas. Em Curitiba, o sindicato diz que diversas unidade de organização de objetos postais estão com serviços lentos.
Diretor do Sindicato dos Trabalhadores dos Correios no Paraná (Sintcom), Luiz Henrique Ferreira diz que o local que concentra as encomendas internacionais em Curitiba está paralisado. Alguns centros de distribuição de encomendas também estão prejudicados, conforme o dirigente. "Percebemos que, com o passar dos dias, está aumentando o movimento", diz.
Negociação
Os Correios oferecem reajuste de 8% nos salários (reposição da inflação do período, de 6,27%, com ganho real de mais de 1,7%) e de 6,27% nos benefícios; vale-extra no valor de R$ 650,65, a ser creditado em dezembro e Vale-Cultura dentro das regras de adesão ao Programa implementado pelo Governo Federal. A empresa também se compromete a manter os planos de saúde e implantar a entrega matutina.
Na nova lista de exigências feita pela categoria, a ser votada nesta tarde, consta reajuste salarial de 8% extensivo a todos os benefícios, aumento linear de R$ 100,00, implantação da entrega postal matutina em todo o território nacional e pagamento de auxílio-creche a todos os funcionários. Eles pedem ainda contratação imediata de mais trabalhadores, através de concurso público para substituir os terceirizados.
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