A GWI Asset Management, gestora de recursos fundada pelo coreano Mu Hak You e que sofreu enormes prejuízos com a recente volatilidade das ações, não liquidou operações realizadas na BM&FBovespa e foi incluída pela bolsa em uma lista de empresas inadimplentes, de acordo com nota da BM&FBovespa nesta segunda-feira.
"Informamos que, conforme comunicação recebida de Sociedade Corretora, o Fundo de Investimento em Ações GWI Private Investimento no Exterior deixou de liquidar débitos de operações realizadas na bolsa", segundo o texto, assinado pela diretora-executiva das Clearings, Depositária e de Risco da BM&FBovespa, Amarílis Sardenberg.
O documento foi obtido pela Reuters com um operador e o seu teor foi confirmado pela bolsa.
O fundo Private da GWI tem patrimônio líquido negativo de cerca de 22 milhões de reais, de acordo com o último dado disponível na página da GWI na Internet. O fundo evaporou rapidamente, com queda de 112 por cento no mês.
Os fundos da GWI haviam sido fechados para resgates e aplicações pela administradora, a BNY Mellon Serviços Financeiros DTVM, a partir de 12 de agosto.
Segundo comunicado da GWI na ocasião, uma assembleia geral extraordinária aconteceria em 26 de agosto, onde os cotistas devem decidir o futuro dos fundos.
Os investimentos geridos na GWI derreteram em meio à turbulência dos mercados financeiros globais nas últimas semanas, após o rebaixamento da nota da dívida dos Estados Unidos e em meio ao temor de uma recessão nas principais economias.
A produtora de carne Marfrig, que constava do portfólio da GWI, foi arrastada pelas perdas e teve queda de quase 40 por cento em apenas três dias no começo de agosto.
Procurada, a GWI não quis comentar o assunto.
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