A Previ, maior fundo de pensão do País, alcançou no primeiro trimestre de 2016 um patrimônio de R$ 162,7 bilhões. Apesar do cenário econômico de maior turbulência, a fundação informou nesta quinta-feira (5) que bateu sua meta atuarial prevista para o período e conseguiu reduzir em R$ 1,6 bilhão o déficit em relação ao resultado de dezembro, que passou a totalizar R$ 14,5 bilhões.
A melhora no resultado foi impulsionada pela valorização da carteira de renda variável da Previ. Em 2015, o fundo sofreu com o desempenho negativo da maioria das ações de empresas brasileiras negociadas em bolsa de valores. A recuperação do mercado de capitais ao longo dos primeiros três meses deste ano fez a carteira de renda variável do Plano 1 do fundo crescer R$ 3,2 bilhões, cifra que corresponde a um ganho de 14,7% no período.
Com um patrimônio de R$ 155,1 bilhões, o Plano 1 é o maior administrado pela fundação e fechou o primeiro trimestre com uma rentabilidade de 5,75%, acima da meta atuarial de 4,19%. Somente o segmento de renda variável representou 53,5% do crescimento total de R$ 6,1 bilhões nos ativos do Plano 1 da Previ no primeiro trimestre, que passou de R$ 145,9 bilhões para R$ 152 bilhões no período.
Já o plano Previ Futuro, que administra um patrimônio de R$ 7,4 bilhões, apresentou um retorno de 7,89% no primeiro trimestre, quase o dobro da meta atuarial prevista para o período.
“A carteira de investimentos da Previ é sólida, composta por empresas da economia real, de setores produtivos e resilientes a momentos econômicos adversos. O desempenho no primeiro trimestre demonstra o potencial de recuperação ao longo do tempo de seus valores de mercado habituais, mesmo em um cenário adverso”, afirmou o presidente da Previ, Gueitiro Genso, em nota.
A fundação ressalta ainda que o bom desempenho das ações do setor bancário foi destaque no segmento de renda variável, especialmente os papéis do Bradesco e do Banco do Brasil na carteira do Plano 1. As ações ordinárias do Bradesco contabilizaram ganho de 47,09% e as preferenciais, de 40,81%. Os papéis do Banco do Brasil subiram 35,46% no período.
Em nota, a fundação explica que o resultado do primeiro trimestre não contempla ativos de renda variável avaliados a valor econômico, como a participação do fundo na mineradora Vale, que são reavaliados apenas ao final de cada exercício.
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