O fundo de aposentadoria Postalis, dos funcionários dos Correios, perdeu mais dinheiro depois do calote da dívida argentina, que aconteceu no dia 30 de julho. Dessa vez, foi uma queda de R$ 53 milhões. O Postalis é o único titular de uma conta de fundos de investimentos chamada Brasil Sovereign II Fidex. Antes do calote argentino, o saldo nessa conta era de R$ 384 milhões. Poucos dias depois, caiu para R$ 186 milhões. Esse montante não flutuou muito até a última quarta (10), quando foi para R$ 133 milhões.

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Desde o calote técnico da Argentina, o fundo perdeu 51,5% do seu patrimônio. O Postalis tem em sua carteira investimentos considerados de alto risco, vinculados ao pagamento da dívida argentina.

O fundo de investimento está processando o administrador desse fundo, que é o Bank of New York Mellon -o mesmo que é responsável pelos pagamentos dos títulos argentinos e que tem, em sua conta, US$ 539 milhões congelados por ordem do juiz americano Thomas Griesa.

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Ele determinou que a Argentina só pode pagar seus credores caso reconheça uma outra dívida, que não é paga desde 2001. Como o país vizinho não faz isso, Griesa impede o banco de encaminhar o dinheiro aos detentores dos títulos argentinos.

No mês passado, o Postalis processou o Bank of New York Mellon por negligência e imprudência. Por uma decisão da Justiça do Rio, R$ 197,8 milhões do banco foram congelados -é o valor que o pelo qual o fundo quer ser ressarcido.

O Mellon irá recorrer, e atribuiu as escolhas de investimentos mal sucedidas ao gestor do escolhido pelo Postalis, uma empresa que já fechou as portas, chamada Atlântica.

Calote

O país vizinho afirma que não entrou em calote pois depositou o dinheiro na conta dos credores. Mas como eles deixaram de receber, o órgão do sistema financeiro internacional que determina as regras, a ISDA, determinou que houve calote, sim.

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