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Telefonia

Fundo russo quer injetar US$ 4 bi na Oi para ela comprar a TIM

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(Foto: Daniel Castellano/Gazeta do Povo)

O grupo de investidores russos Letter One, liderado por Mikhail Fridman, enviou à Oi proposta para fazer aporte de até US$ 4 bilhões na Oi, sob a condição da companhia brasileira de telecomunicações promover consolidação de negócios com a TIM Participações, segundo comunicado enviado ao mercado nesta segunda-feira (26).

A proposta confirma rumores sobre a intenção do fundo russo que circulavam no mercado na última semana. A fusão entre Oi e TIM vem sendo negociada há mais de um ano – desde que a Vivendi vendeu à Telefônica sua participação na GVT, o que fez com que a companhia espanhola desfizesse sua posição acionária na controladora da operação brasileira da TIM.

No ano passado, o banco BTG Pactual foi contratado pela Oi para preparar uma oferta pela TIM. O problema na época era a falta de caixa para fazer o negócio. A Oi estava envolvida em problemas que apareceram após a fusão com a Portugal Telecom. Para resolver a questão, a operação portuguesa foi vendida para a francesa Altice, o que fez retornar o desejo da Oi de avançar na consolidação do mercado brasileiro de telefonia.

Executivos da TIM vêm negando constantemente a venda da operadora. Seu desafio, no entanto, é crescer além da telefonia móvel – o setor bem se consolidando com a oferta de serviços integrados de telefonia, dados e TV fechada. Alguns sócios da empresa, entre eles o próprio BTG e o BNDES, são favoráveis ao negócio

No ano passado, a proposta do BTG era fatiar a TIM entre as três grandes operadoras do país (Claro, Vivo e Oi) para viabilizar o negócio e evitar problemas com o Cade, órgão que aprova as fusões no Brasil. É possível que o fatiamento agora não seja feito.

O fundo Letter One é controlado Mikhail Fridman, um bilionário nascido na Ucrânia e que já tem negócios na área de telefonia. Ele é dono da russa VimpelCom e da turca Turkcell.

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